quarta-feira, 5 de maio de 2010

Educação é coisa séria!

Hoje, no meio do dia, estudantes da UFES pararam a Av. Fernando Ferrari, causando tumulto no trânsito. Alguns motoristas reclamaram; outros se aborreciam. Mas, infelizmente, foi a única forma encontrada pelos universitários para chamar a atenção da sociedade da Ilha.
Quem anda pelos corredores da UFES parece estar andando em um lugar abandonado: prédios escuros, paredes descascando, cadeiras quebradas, tudo sucateado. Faltam professores, faltam laboratórios para pesquisa. Falta seriedade por parte do Governo Federal. E hoje foi o dia do "basta".
A seguir, texto do "Século Diário", apresentando mais detalhes:


Alunos da Ufes fazem manifestação em defesa da educação com qualidade (Lívia Francez )


Insatisfeitos com a falta de estrutura dos prédios e com a constante falta de professores, os alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) organizaram um protesto na universidade nesta quarta-feira (5). Os alunos também reclamam da falta de professores em diversos cursos tanto do campus de Goiabeiras quantos nos campi de São Mateus, no norte do Estado e de Alegre, na região do Caparaó.
Os estudantes alegam que a falta de condições estruturais dos prédios está prejudicando a aprendizagem em diversos cursos e é um problema geral na universidade. Em alguns centros, como na Engenharia, o problema é ainda mais acentuado, tendo falta de professores mais de dois meses depois do início do ano letivo.
A manifestação teve início no Restaurante Universitário e seguiu pela Avenida Fernando Ferrari, terminando na Ponte da Passagem. De acordo com o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Rafael Sodré, o protesto tem o objetivo de denunciar o caos na universidade, cobrar a defesa da educação e melhor planejamento de obras nos campi.
A unidade da Ufes do norte do Estado também passa por dificuldades técnicas e estruturais, com a falta de biblioteca e restaurante universitário adequado. Os alunos da unidade de Vitória se sensibilizaram com a situação das unidades do interior e incluíram-nas no protesto.
Exemplo das dificuldades que os alunos enfrentam é a falta de professores nos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação, que ficaram sem aulas em duas disciplinas, mesmo decorridos dois meses do ano letivo. Os alunos chegaram a protocolar denúncia no Ministério Público Estadual por conta da situação.
Em outra ocasião, no ano de 2009, os alunos de Comunicação Social também protestaram contra a falta de laboratórios para a realização de aulas práticas. O prazo para a entrega da obra havia se esgotado, mas os estudantes constataram que, no estado em que se encontrava o prédio, ainda seria necessário mais tempo para que aulas pudessem ser ministradas no local.
O antigo prédio onde se localizavam os laboratórios de Comunicação Social foi cedido para o novo curso de Gemologia, que teve início no início deste ano e ainda não tem instalações para atender os alunos. Portanto, os estudantes que aguardam a entrega do prédio há seis anos ficaram sem laboratórios necessários para a prática do curso.

Onde estão os investimentos em educação?

A escolha.

Em ano de Copa de Mundo, não é fácil falar de eleição. Mas é preciso, porque depois da empolgação dos jogos, é necessário saber que teremos que fazer nossas escolhas. E escolher nunca foi fácil.
Os eleitores escolhem seus candidatos por vários motivos: por conhecê-lo pessoalmente, por frequentarem os mesmos locais, por ser o médico que o atende, por ser da mesma igreja. E há outros que, independentemente da relação que exerça com o candidato, avaliam outros tantos aspectos. Hoje li um texto muito interessante sobre a escolha do candidato e achei interessante. Divido-o, então, com vocês:

Receita de Candidato - como escolher um candidato em uma eleição



Aproxima-se o momento de sufragar o voto nas urnas de outubro próximo e o Brasil retorna ao clima eleitoral que, nos últimos anos parece ser, felizmente, uma constante na vida nacional. Encerrando o longo jejum das urnas, no balanço final, reencontramos o estado democrático de direito e esse reencontro tem sido, de longe, o maior beneficio extraído das urnas. Em um primeiro momento buscávamos nas urnas os salvadores da Pátria, de todas as cores e matizes ideológicas: os candidatos, em uníssono apresentaram com toda parafernália tecnológica existente, seus projetos para erradicar a miséria e a pobreza, promover o desenvolvimento regional, elevar o salário mínimo a um plantar decente, alavancar o país ao primeiro mundo.

No entanto, a esses candidatos faltou a plataforma essencial: salvarem-se a si mesmos do bacilo da corrupção e do vírus corporativista, fazendo com que todos representassem interesses claros ou ocultos, conforme cada caso, e enterrando a tênue esperança de que somente o estado de direito poderia propiciar. E assim chegaremos a este outubro tendo como plataforma unânime de todos nada menos que a proposta da honestidade pessoal, do zelo e seriedade pelo bem público, quando tais pressupostos deveriam ser o mínimo exigido para qualquer cidadão digno de ser alcunhado por este nome. Com efeito, ser honesto e ter espírito público não deveria ser característica de postulantes e mandatos populares, mas, antes, ornamento de caráter tanto para o cidadão comum quanto para os seus líderes e representantes.


No Brasil de hoje, se confundem os programas partidários tanto quanto os recursos amealhados para as campanhas e também se confundem as chamadas “ideologias”, em que todos parecem optar pelo social, a todo custo. Nessa visão generalizada se nos oferecem meios para uma nova redenção , de um tiro único e certeiro na famigerada inflação até a transposição do rio São Francisco e Jaguaribe a afastar para sempre o espectro desolador da seca nordestina. É quando Conselheiro se encherá de razão e então o sertão vai virar mar e o mar será sertão.


Colocando ao lado os programas partidários, já que são mais assemelhados que diferenciados, resta-nos então, buscar o candidato ideal, aquele que poderá vocalizar nossas mais acalentadas aspirações. E aí, convém uma reflexão imediata sobre o passado do candidato, seus comprometimentos nos últimos anos ou pelo até onde possamos tomar conhecimento. Na minha “receita de candidato”, os aspectos sobressalentes seriam: atributos morais a toda prova, espírito de servir, respeito pela coisa pública , capacidade administrativa.


É uma receita difícil, convenhamos. Mas não é impossível se buscarmos ouvir todas as fontes, que são os diversos jornais e telejornais, sempre estando atentos para que o candidato não seja tão endeusado pela mídia eletrônica e escrita que nos faça comprar gato por lebre, como recentemente aconteceu.


O outro extremo é também perigoso: um candidato que é massacrado em excesso por determinados meios de informação pública. Sempre que existem excessos, com certeza a verdade está sendo escamoteada, pois se ninguém é perfeito, não existe um candidato 100% bom ou 100% mau. Da mesma forma, não seria razoável esperar encontrar um candidato que se atenha à receita acima exposta, mas confesso esperar encontrar uma candidato que melhor combine todas essas características: honestidade, espírito público, capacidade empreendedora e sobretudo, sinceridade em suas promessas de campanha. Em contraponto aos já mencionados “salvadores da Pátria”, há que se acordar que é sempre mais fácil recuperar toda uma nação e pavimentar de boas intenções todos os gestos e sentimentos, mas sem um pé na realidade, nada feito.


A maior reforma é a que principia no íntimo de cada um de nós e, em maior ou menor escala, nossos líderes são nada mais que um reflexo de nós mesmos, os vamos dizer, liderados (destaque meu). O verdadeiro líder não está em busca de auferir vantagens financeiras e nem muito menos alcançar uma função pública como alimentador de sua vaidade pessoal. O exercício do voto, em todo caso, é imprescindível para a construção de um novo Brasil e este exercício requer esforço de cada um de nós, não nos deixarmos levar pelos que apostam no “tudo ou nada”, é literalmente, a livre e independente busca da verdade, esteja onde estiver. Somos então convocados a liberar nosso faro de Sherlock Holmes, sem no caminho ceder ao desânimo de não encontrarmos o candidato ideal.


Aquele que “melhor combine” é o caminho da moderação e o sentimento do dever cívico cumprido e, no caso, bem cumprido.

http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=88

Olhar para fora de si mesmo.


Sempre digo a todos com os quais convivo: tudo começa e termina no velho e bom ciclo da educação: uma população que tem acesso à boa escolaridade não necessitaria de tantas instituições que lhes prestassem todo tipo de auxílio. Com mais escolas, mais professores qualificados na rede pública, melhores salários, menos miséria, menos desigualdade, maior divisão de renda, mais cidania! Mas enquanto a boa escola pública não vem, podemos fazer a nossa parte.
Sem demagogia e sem falso moralismo: ajudar o próximo e pararmos de olhar somente para nós mesmos nos torna menos egocêntricos. O Estado precisa fazer a parte dele; e nós, sociedade civil organizada, podemos fazer a nossa. Visitar instituições de amparo aos mais humildes e necessitados e doar um pouco de nosso tempo para construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, com projeção futura nos permite conhecer um pouco mais da realidade que nos cerca; nos faz ver que todos devem ter as mesmas chances, os mesmos direitos.
Que bom que existe o projeto "Solidariedade" na escola onde trabalho!
Que bom ver meninos e meninas descobrindo novos rumos!
Que acreditar que somos construtores de nosso meio!
E é isso!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vamos fazer a nossa parte!


Todos deveríamos saber o que se passa no meio em que estamos inseridos. Abaixo matéria publicada no "www. seculodiario.com.br". Vamos participar e fazer de Vitória e do ES um lugar onde a população conhece seus direitos de cidadãos.

Layout e perfil da Feira do Verde continuarão exaltando as poluidoras
Flavia Bernardes

O debate realizado no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) sobre a possível retirada das empresas poluidoras do quadro de patrocinadores não teve sucesso. Realizada na tarde desta segunda-feira (3), a informação do secretário de Meio Ambiente de Vitória, Roberto Mannato Valentin, é que tanto o layout quanto o perfil da Feira do Verde continuarão os mesmos dos últimos anos, ou seja, a feira contará com a participação das poluidoras que atuam no Estado.
A demanda de retirada de empresas como Vale, Arcelor Mittal, Samarco Mineração S/A, entre outras, do layout e do perfil da feira foi apresentada pelo conselheiro do Condema, ambientalista e médico naturalista Marco Ortiz. Além dele, dezenas de ambientalistas e movimentos da sociedade civil organizada também cobram, através de cartas de repúdio, reuniões com a prefeitura e até em manifestações dentro da feira uma posição da prefeitura mais coerente com a proposta ambiental do evento.
“Todo ano é a mesma coisa, é preciso buscar dinheiro do fundo do Ministério do Meio Ambiente ao invés de entregar uma feira ambiental na mão das poluidoras deste Estado”, ressaltou Marco Ortiz.
Ao todo, são cerca de quatro anos de debates entre a sociedade civil organizada e ambientalistas sobre a participação de empresas como a Vale, ArcelorMittal e Petrobras, Samarco Mineração S/A e a ex-Aracruz Celulose – Fibria (esta última se retirou após as manifestações da sociedade dentro da feira contra a ocupação de terras indígenas e quilombolas).
Nos primeiros anos, quando a feira foi apelidada de “Farsa do Verde”, as manifestações contaram com centenas de representantes da sociedade que chegaram a se fantasiar de eucalipto em protesto contra a participação da ex-Aracruz Celulose no evento.
Após anos de protestos, foi formado então o Grupo pela Vida, na tentativa de entrar em acordo com a prefeitura de Vitória, que em um primeiro momento se mostrou interessada em garantir a participação da sociedade civil organizada no evento, o que ocorreu em 2008, através de estandes reservados para o grupo chamado de Lado B. A condicionante imposta pelos ambientalistas para unir forças com a feira foi para que as empresas que degradam o meio ambiente, e que participam da feira, deveriam assumir seus impactos perante o público e divulgar quais medidas estão sendo tomadas para remediar o problema. Entretanto, isso não ocorreu, e em 2009, após as exigências feitas pelo grupo, a prefeitura se afastou das negociações mantendo as empresas no evento.
A intenção do Grupo pela Vida, coordenado por Marco Ortiz, era fazer uma feira de acordo com a realidade dos capixabas, apontando os impactos e conscientizando a população sobre os verdadeiros responsáveis, realizando assim uma feira de forma transparente para a população. Entre as propostas do Grupo pela Vida, estava, por exemplo, a vinda da senadora Marina Silva para palestrar no evento.
A crítica dos ambientalistas atinge, principalmente, a postura das indústrias durante o evento. Eles reclamam que as poluidoras costumam se apresentar de forma lúdica durante o evento, por meio de estandes modernos e bem ornamentados, camuflando seus impactos e ressaltando, apenas, pequenos trabalhos de educação ambiental como forma de “compensar” a população e o meio ambiente pelos seus impactos.
A informação é que as empresas que patrocinam e participam da feira são responsáveis, em sua maioria, pelo grande volume de impactos ambientais ocorridos no Estado nos últimos 40 anos.
A Secretaria de meio ambiente de Vitória chegou a procurar o fundo do Ministério de Meio Ambiente, mas não conseguiu financiamento para a Feira do Verde. Todo o projeto da Feira do Verde 2010 será apresentado em junho.

Lado B
Em 2008, a feira do Lado B foi realizada simultaneamente à Feira do Verde, na Praça do Papa, num espaço lateral, tendo sido considerada um sucesso entre o público. Isso porque trouxe problemas reais ao debate, ouvindo a população, que participou dos encontros, e discutindo soluções, inclusive cobrando das empresas que assumissem e minimizassem seus impactos sobre o meio ambiente no Estado.
Entre os temas debatidos no ano passado estavam a falta de tratamento de esgoto na Grande Vitória e a poluição da baía de Vitória; agroecologia e segurança alimentar; falta de estudos sobre lagos do Estado e os impactos que este recurso vem sofrendo; o que vem sendo feito no Estado sobre reaproveitamento de lixo; o ex-Pólo de Anchieta, entre outros.
A intenção da feira do Lado B era se contrapor à Feira do Verde, trazendo à população a problemática vivida entre indústria e meio ambiente, como as exigências de condicionantes, deveres de empresas, a responsabilidade de cada um quanto aos impactos, as deficiências do Estado e as possíveis soluções para tais problemas.
Leia Mais: Patrocínio de poluidores na Feira do Verde será debatido pelo Condema
http://www.seculodiario.com/exibir_not.asp?id=5642

segunda-feira, 3 de maio de 2010


Chuvinha de nada dia desses e o IBES, primeiro bairro projetado (imagina se não fosse) da América Latina, fica assim! O povo paga IPTU para quê? Chega de tanta falácia!

domingo, 2 de maio de 2010


Esse é o Brasil que queremos?
Leiam a matéria sobre os desvios das verbas para educação. O link está abaixo. É vergonhoso o que andam fazendo com o dinheiro público!


Uma escola na zona rural de Olho d’Água das Cunhãs, Maranhão. A aparência não deixa dúvidas, mas as notas fiscais da prefeitura registram reforma de R$ 23 mil
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI137349-15223,00-AS+RACHADURAS+NO+ORCAMENTO+DA+EDUCACAO.html

sábado, 1 de maio de 2010

E o povo?

O que fazer pelo povo?




Gosto muito de caminhar por entre as pessoas mais simples, mais humildes e observar o que elas falam e como elas vivem. Não estou falando de humildade no sentido econômico, mas num sentido bem amplo, comportamental, porque já aprendi que humildade não está diretamente ligada à questão social.

Pois é, foi andando por aí, que sempre me deparei, diversas vezes, com grandes lições de vida, com brasileiros e brasileiros que conseguem viver com o mínimo que o Estado lhes oferece, pois o resto é por conta deles. Nem por isso se acham melhores ou piores que os outros, nem por isso entregam os pontos, se deixam abater pelo descaso. Fazem parte de um povo que não se entrega, ainda que a luta seja diária e a jornada para sustentar filhos - que ficaram por conta de outras pessoas - seja dobrada!

Que povo é esse?! De sol a sol não desiste nunca, luta, buscando melhores dias. E se conservam, em sua maioria, íntegros.

E onde está o Estado? Onde estão os gestores públicos para fazer valer os impostos pagos? Onde está a sociedade civil organizada para cobrar daqueles que devem administrar o Estado?

Estive em Paul e fiquei sabendo que mais uma escola está dispensando seus alunos mais cedo por falta de professores. Mas o que é isso, em pleno século XXI, quando já se fala tanto em inclusão digital, em currículo por competência, admitirmos uma escola pública dispensando seus alunos por falta de professores?

Onde está o povo que não luta por seus direitos? O que fazer pelo povo para que saiba que seus direitos são garantidos por lei?

É preceito constitucional a educação! Mas sem educação, sem escolaridade, o povo não sabe que pode lutar por uma educação de qualidade!

Jorge Miranda, em Teoria do “Estado e da Constituição”, diz que "o povo vem a ser, simultaneamente, sujeito e objeto do poder, princípio ativo e princípio passivo na dinâmica estatal". Se o povo é sujeito e objeto do poder, falta dar a esse povo, tão distante de seus direitos, a condição de exercer realmente figurar no pólo ativo do poder.

Chega de discursos demagógicos! Já passou da hora de dar ao povo o que já lhe fora garantido constitucionalmente! Chega de fazer da nossa Carta Magna uma letra morta, um mero documento que não concretiza a dignidade da pessoa humana!

É isso!