segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Emília não está fora de moda!

Dia desses aconteceu um evento muito bacana na escola de minha filha! Manhã inteira de leitura, ficção; pequenas, mas certeiras, encenações; música e muitas outras produções culturais.
Coisa mais linda ver o resgate da leitura e da boa literatura! Diga-se: da boa mesmo! De verdade, gente!
E aí fico pensando: como plantar poesia em tempo de redes sociais? Como ver o belo por meio da tela do computador? Como descobrir os grandes autores que estão adormecidos nas teclas dos PCs? Como, tanta coisa... E tanta coisa mesmo! Nem temos tempo de alimentar nossas redes sociais; e quando as estamos alimentando não estamos vivendo o mundo de verdade. Ou será que agora o mundo de verdade são as redes sociais?
E aí fico pensando: onde estão os "Monteiro Lobato"? Onde estão as Emílias, os Minotauros, os Pedrinhos e Narizinhos que tanto alimentaram a infância de tanta gente? Quem são os personagens que hoje enriquecem a imaginação das crianças? É o Harry Potter? É o Senhor dos Anéis ou o ladrão de raios?
Mas aí vejo que para que as Emílias voltem a aparecer basta uma boa dose de conhecimento dos que estão em sala de aula com as crinças; outra dose de gostar do que se faz; e outra de saber como se faz!
Parabéns aos que fazem as Emílias renascerem!
Que bom que as Emílias ainda andam soltas por aí!
É isso!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fisiologismo Político

O termo "fisiologismo político" foi bastante empregado durante essas eleições. Mas você sabe o que  ele significa?
Então aí vai:
Fisiologismo é um tipo de relação de poder político em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais. É um fenômeno que ocorre freqüentemente em parlamentos, mas também no poder executivo, estreitamente associado à corrupção política. Os partidos políticos podem ser considerados fisiologistas quando apoiam qualquer governo independente da coerência entre as ideologias ou planos programáticos.
Pois é...

Estamos então vivendo, no ES e no Brasil, a grande era desse fisiologismo: partidos que não apresentam qualquer identidade filosófica associam-se em busca de se manterem no poder.
E o povo? Como fica nisso tudo? Será que não está na hora de o tema ser amplamente debatido?
Será que esses arranjos não são mais uma forma de serem sangrados os cofres públicos?
Depois de um tempo no silêncio, voltei.
Estive muito presente no processo eleitoral de 2010 e fica-nos claro que falta debate, que faltam discussões políticas, que faltam esclarecimentos para o eleitor.

Bom, é isso.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O ES pode muito mais!

Política é realmente coisa muito séria! E o nosso estado precisa de muitas mudanças!
Na terça-feira, o candidato ao governo do estado, Renato Casagrande, participou de um programa na CBN local e respondeu a algumas perguntas. Fiquei muito preocupada com as respostas dadas por ele, principalmente no que tange à educação, extremamente atrasada em nosso estado.
Segue, na íntegra, matéria publicada no "Século Diário", para que vocês possam também tirar suas próprias conclusões.

Um novo Casagrande: sabatina promovida por A Gazeta mostra o continuador de PH
Renata Oliveira
 “Vamos dar continuidade ao que está sendo feito” e “a casa está arrumada”. Estas foram as expressões mais ouvidas durante a sabatina promovida pela Rede Gazeta com o candidato palaciano ao governo do Estado, senador Renato Casagrande (PSB). Nas respostas às perguntas de jornalistas, cientistas políticos e representantes da sociedade civil, que participaram do evento na manhã desta terça-feira (27), ficou clara a adoção integral, pelo candidato, do projeto de um governo centralizador e antidemocrático capitaneado pelo governador Paulo Hartung.
O senador evitou fazer críticas ao atual governo e, sobretudo, ao governador, mesmo quando questionado sobre problemas de amplo domínio público, como saúde, educação e segurança pública. Também se recusou a apontar erros do atual governo, e em vários momentos destacou investimentos e atuações de Hartung, repetindo que o objetivo é dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito no Estado.
Uma professora aposentada chegou a pedir que o candidato, se eleito “não dê continuidade ao que está aí”, referindo-se ao tratamento dado pelo atual governo à Educação Pública. E, ao ser questionado sobre o que entende como educação pública de qualidade, adotou o discurso do atual governo. A falta de abertura de vagas no ensino médio e a política de subsídios que é condenada pela maioria do magistério não foram levadas em consideração pelo candidato.
Disse que o problema da educação está nos anos iniciais, que é de responsabilidade dos municípios e que, neste caso, a idéia é auxiliar os municípios na estruturação da educação infantil. Sobre o ensino médio, Casagrande retomou o entendimento do atual governo, que defende a qualificação profissional como solução para atrair os estudantes, em detrimento de uma formação humanística.
Ao ser questionado sobre os erros do atual governo, Casagrande disse que não usaria a palavra erro. Provocado pela jornalista “se seriam falhas”, mais uma vez o socialista saiu pela tangente e não apontou problemas no governo Paulo Hartung. Ao falar sobre a participação e democratização em seu governo, caso seja eleito, disse que o trabalho capitaneado por Hartung foi fundamental para “arrumar a casa”, o que permite esta ampliação do debate democrático que propõe, se chegar ao palácio Anchieta.
Também defendeu o governo na questão da segurança pública, afirmando que o atual governo aplicou R$ 400 milhões em construção de novos presídios, criando novas vagas, o que não atende à demanda, que é de mil novas vagas por ano. Casagrande afirma que quer diminuir a criminalidade e o índice de homicídios, mas a política apontada por ele segue os mesmos moldes registrados na estão Rodney Miranda. A diferença, que pode ter ficado nas entrelinhas, é que ele garante assumir a responsabilidade pelo problema, garantindo que haverá um acompanhamento do seu gabinete sobre os índices mês a mês.
Sobre o trafico de drogas, Casagrande aponta para a busca de parceria com o governo federal e municípios na elaboração de políticas públicas de prevenção. Mas, sobre o crack, o candidato também se apoia nas casas de recuperação, aposta do atual governo. As políticas de impacto na comunidade do usuário também não aparecem nas propostas colocadas por ele na sabatina.
Durante todo o ano passado, o PSB percorreu o Estado ouvindo as comunidades para elaboração do plano de governo de Renato Casagrande. Após a chamada reviravolta, que o colocou na cabeça da chapa palaciana, o grupo adotou o projeto de governo atual, o “ES 2025”, elaborado por uma ONG empresarial e com uma visão desenvolvimentista e internacionalizada. Desde então os pontos relevantes do programa do PSB, sobretudo em relação às políticas públicas, parecem estar sendo substituídos paulatinamente pela visão estreita do atual governo. O que para o mercado político ficou evidenciado na sabatina desta terça-feira."
http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=6269

É isso!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aos amigos

Meus amigos e amigas,


Talvez alguns achem “brega”; mas ser “brega” também é legal.

Seguem, na íntegra, algumas considerações que gostaria de dividir. Afinal, hoje é o “dia do amigo”! Fazer o quê, se vc é meu (minha) amigo (a).
A força de um povo!
Não é fácil mudar, ainda mais diante de tantas notícias escandalosas que atingem o poder público, de maneira geral. Executivo, Legislativo e Judiciário estiveram, diversas vezes, por diversos motivos, envolvidos em tramas e tramóias que fizeram e continuam fazendo com que a população esteja desacreditada nos representantes públicos.
Como disse, mudar não é nada fácil! Desde que voltei a participar de projetos políticos no ES, vi-me às voltas com indagações pessoais: o que me faz querer participar de um meio estigmatizado? O que me move diante de tantos obstáculos? O que me faz acreditar ser possível contribuir para que Vila Velha (onde moro), ES e o Brasil possam crescer? O que me faz deixar meu trabalho, minha família, minha casa, minha leitura, meu mundo particular para querer transformar, ainda que seja pouco, o que não está bom? A lista de indagações não para por aqui! Mas vou parar porque são suficientes como exemplificação.
Pois é... e foi com tudo isso e muito mais em minha mente que não tive dúvidas de que sou movida por um eterno desejo de ver as coisas melhores: quero uma rua melhor, um bairro melhor, uma cidade melhor, um estado melhor, um país melhor! Quero um lugar onde minhas filhas possam viver sem medo de ir e vir. Quero um lugar onde as crianças possam jogar bola sem que as mães tenham medo de que serão abordadas por algum usuário desse maldito crack! Quero uma pracinha onde o convívio possa ser tranquilo, sem o receio de levar um tiro, atingido por uma bala perdida. Quero que no Ideb os índices da educação no país possam melhores. Quero muita coisa para tanta gente!
Não me vejo cidadã só para lutar pelos meus direitos; mas me vejo na obrigação de lutar pelo direito daqueles que não sabem que têm direitos.
Quero uma educação que não seja só para elite, mas para todo e qualquer brasileiro que queira ter acesso a ela.
Mas essas mudanças não são conseguidas sem que um grupo se fortaleça, se organize, se articule. E isso não é fácil; mas também não é impossível!
Acredito que cada um de nós possa fazer sua parte: organizando-se, elegendo bons representantes, participando, cobrando, não se isentando de fazer a sua parte.
O IBES pode mais; Vila Velha pode mais; o Espírito Santo e o Brasil podem muito mais!
A caminhada é longa e tenho certeza de que sempre haverá o que ser feito.
Grande abraço aos amigos.
Bom, é isso!

Bons sonhos!

Estava relendo algumas matérias mais antigas e encontrei esta em http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/02/600955-falta+de+sono+afeta+memoria+raciocinio+e+rendimento.html

Não sei quanto a vocês, mas dormir, para mim, é esencial!
Mais uma para partilhar com vocês. Boa leitura!

Falta de sono afeta memória, raciocínio e rendimento

Após uma noite mal dormida, é comum ficar mais lento e com dificuldade de raciocínio. A memória, às vezes, falha e o rendimento cai. Tudo isso tem explicação fisiológica.
De acordo com a neurologista Soo Yang Lee, ao dormir pouco, não dá tempo do cérebro se recobrar do que perdeu durante o dia. Assim, ele não tem tempo de organizar as informações obtidas, como se fosse armazenar cada coisa no seu devido arquivo.
"Se ele não tem tempo de fazer isso, a memória fica comprometida porque as informações estão desorganizadas, e também não consegue obter as novas informações com facilidade. É como um computador lento, cheio de arquivos inúteis", compara a especialista.


"Quanto a sentir sono, é um mecanismo natural em que o organismo libera um hormônio chamado melatonina, que fica no cérebro, na glândula pineal, e faz com que tenhamos a necessidade de descansar. Estruturas cerebrais como o tálamo e o tronco cerebral fazem com que os batimentos cardíacos diminuam, a pressão caia, e o cérebro reduza o ritmo de funcionamento. Tudo concorre para que tenhamos a sensação de cansaço e sono, num grau mínimo de função corporal", explica a médica. Aí dormimos.


Curiosidades
- O pesadelo tem relação com ansiedade, pessoas ansiosas tendem a ter mais pesadelos;
- Dificuldade de despertar - No final da noite é que estamos no sono mais profundo, por isso levamos um tempo para alcançar a consciência plena;
- O sono leve não nos descansa, para que possamos repor o que gastamos quando estamos acordados, precisamos dormir profundamente;
- Umas das coisas mais preocupantes em medicina do sono é a privação do mesmo. Você consegue ficar dois ou três dias dormindo menos, mas se essa situação continuar, você vai ter um impacto no desempenho, porque aquilo que você processaria - repondo no momento de sono-, você vai estar gastando.
gazetaonline

Espero poder contribuir com vocês com os mais variados assuntos. Ler preenche a alma e permite me conhecer mais um pouco para poder conhecer os outros.
Tenham bons sonhos!

Mente em dia!

Dicas para manter a mente sempre saudável. Trecho de matéria de "A Gazeta" (gazetaonline", em 20/07/10). Partilho com vocês.


1. Motive-se pelo novo: é fundamental para o desempenho cerebral. Com o fortalecimento do desempenho da mente, o usuário ganha mais autoconfiança e vontade de continuar aprendendo para manter a mente sempre ativa. Procure manter em sua rotina atividades que mexem com a mente e que sejam diferentes também.
2. Exercite com frequência: o hábito de exercitar o cérebro com frequência melhora o desempenho de todas as funções cognitivas e evita as perdas que vêm com a idade.
3. Busque pela velocidade no raciocínio: quanto mais você praticar o desafio de ler ou ouvir algo diferente e que possa ser também a resposta a uma dúvida ou a resolução de um problema, maior será sua capacidade de raciocínio com agilidade. Procure estar com pessoas que não tragam soluções e peça para ajudar na criação de novas alternativas para melhores respostas. Esses atos desenvolvem as capacidades necessárias ao bom raciocínio lógico, da identificação de problemas ao estabelecimento de metas e execução de uma estratégia.
4. Aprenda o tempo inteiro: o cérebro se modifica com a experiência. Quanto mais se esforçar, mais vai aprender para melhorar o desempenho acima do esperado.
5. Cuide da alimentação: se você quer tratar bem do seu cérebro, preocupe-se em ter uma alimentação balanceada, que contenha Omega-3, vitamina B e antioxidantes, em praticar exercícios regularmente e, sobretudo, em usar o seu cérebro.
6. Envolva-se em atividades variadas: sair da rotina, na medida do possível, mantém o aperfeiçoamento de todas as funções cognitivas, uma vez que você pode vivenciar o novo em todo momento. Aliar os jogos para treinamentos cerebrais a um estilo de vida que combine com a busca pelas novidades pode facilitar bastante a performance cerebral.

7. Exercite dentro das fronteiras da sua condição física: Monte um programa de treinamento que se adeque a você e nunca o exceda. A cada semana, gradualmente, aumente a duração das suas sessões de exercício e, enquanto você melhora sua condição física, começará a sentir os benefícios mentais.
8. Aqueça e desaqueça: Se você precisar fazer algum exercício de alta intensidade, tenha certeza de fazer o aquecimento e o desaquecimento com exercício aeróbico leve, antes e depois do treino, para trazer seu cérebro de volta ao ritmo.
9. Fique hidratado: A desidratação faz com que seu cérebro e corpo deixem de funcionar normalmente. Se você não tomar água suficiente durante e depois dos exercícios, você pode não obter nenhuma recompensa, tanto física quanto mental. Na melhor das hipóteses, vai reduzir seu ritmo. Não corra esse risco e sempre tenha água ao alcance.
10. Mantenha objetivos: É difícil se imaginar correndo uma maratona se você nunca caminhou um quilômetro. Fique focado e mantenha objetivos gerenciáveis que te levarão ligeiramente fora da sua zona de conforto. Quando você atingir um objetivo, faça logo outro. A força mental necessária para correr uma maratona será desenvolvida naturalmente junto com sua condição física.
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/07/655205-dez+dicas+para+manter+a+mente+ativa.html

Ser saudável hoje é garantia de um futuro com mais qualidade de vida.
É isso!

domingo, 18 de julho de 2010

Um pouco de autoconhecimento

Hoje li um texto muito legal.
Partilho com vocês:

Nos meus tempos de estagiária, toda vez em que eu participava de uma dinâmica de grupo e chegava aquele momento de dizer “seu pior defeito e sua melhor qualidade” tinha alguém que dizia “meu pior defeito é ser perfeccionista”. Meu impulso era atirar a caneta que eu tinha nas mãos no cidadão. Não é muita cara de pau? E isso lá é defeito? Ninguém tem coragem de dizer que não consegue cumprir prazos, não sabe trabalhar em grupo ou que sai atirando canetas em quem fala besteiras. Mas parece que quem precisa de uma canetada sou eu. Descobri que o perfeccionismo tem sido estudado seriamente por psiquiatras e psicólogos porque o excesso de exigências causa impactos significativos na saúde.
Em junho, pesquisadores se reuniram em Boston para discutir os problema causados pelo excesso de rigor consigo mesmo e com os outros. Em um dos estudos divulgados, cientistas canadenses acompanharam 450 pessoas com mais de 65 anos por seis anos e meio. Constataram que aquelas que se descreveram como perfeccionistas no início da pesquisa tinham 51% mais chances de morrer em comparação às pessoas que não se encaixavam nessa descrição. A culpa seria dos males desencadeados pelo estresse constante. Outro estudo sugere que mães perfeccionistas têm maior probabilidade de desenvolver depressão pós-parto.
Só um especialista pode saber se o seu grau de perfeccionismo pode causar mal a você e aos outros (aqueles seres que lhe chamam de neurótico). Mas um bom termômetro é notar o quanto você sofre com seus padrões de exigência. Muita gente poderá se reconhecer nessa descrição que eu encontrei, escrita pela psicóloga Valéria Palazzo:

“A pessoa perfeccionista pode ser definida como aquela que se esforça em melhorar o êxito de seu objetivo seguindo um padrão ideal. Este padrão ideal pode estar presente em todas as áreas; abrangendo desde bens pessoais, trabalho, relacionamentos e imagem corporal. Estas pessoas tendem a dar uma importância exagerada a tudo e nunca se sentem satisfeitas. Sempre ficam com a sensação de que poderiam ter feito ainda melhor. Na maioria das vezes, conseguem seu objetivo, porém, a energia para alcançá-lo é sufocante. O perfeccionista espera que todos ao redor sejam perfeitos (de acordo com o SEU modelo ‘particular de perfeição’) e se incomoda quando não consegue aplicar aos outros suas regras de disciplina. As pessoas do seu convívio não conhecem suas expectativas (porque não vivenciam a mesma necessidade de perfeição), o que gera tensão com sua família, amigos e colegas, e um grande sentimento de raiva. A chave está em entender que não é possível obrigar outras pessoas a ter atitudes perfeccionistas.”
Entendo que alguns casos podem realmente causar transtornos à saúde. Se você está nesse grupo em que suas próprias exigências lhe sufocam, o ideal é procurar a ajuda de um especialista. Ser como a Monica, a personagem competitiva e maníaca por arrumação do seriado americano “Friends”, pode ser engraçado na televisão. Na vida real, quando passa da medida, traz sofrimento.
Mas confesso que às vezes eu acho que, se as pessoas fossem um pouquinho mais perfeccionistas, o mundo seria um lugar melhor. Será que não costumamos ser autoindulgentes demais com o nosso modo de ser e agir? Gastamos mais do que deveríamos porque achamos que merecemos o mimo. Comemos mais do que deveríamos para compensar alguma frustração. Fazemos alguma tarefa mal feita porque já trabalhamos demais. Nos sentimos no direito de não ajudar alguém ou de tratar alguém mal porque estamos cansados ou estressados com a vida, com o trabalho, com a família.
Um pouco mais de autocobrança – e de sentir que é uma questão de honra cumprir aquilo que esperam de nós – não fariam a vida em sociedade fluir melhor? Bom, é a minha opinião. Será que eu é que sou perfeccionista nessa história?


Ser comprometida é bom, mas infernizar a vida alheia e acabar com a saúde em busca de perfeição é indício de que realmente precisamos de ajuda.
É isso!

Educação novamente

Há muito o que se fazer, porém não é preciso "reiventar a roda", como dizem por aí! Já falei outro dia sobre os índices do Ideb: foram alarmantes, mas sinalizam que precisamos fazer muita coisa. Neste domingo chuvoso, em que não saí para nenhuma caminhada pela cidade, li uma matéria no jornal "A Gazeta", que trazia uma entrevista com Rita de Cássia Sirtoli Toso, diretora da escola municipal de Colatina Coronel Virgínio Calmon, que obteve 7,9, a maior média do estado no Índice de Educação Básica (Ideb). De um jeito simples, mostrou que a receita não é difícil, mas requer parceria entre escola, família e sociedade. Segundo Rita de Cássia, a leitura é prioridade.
Em ano de eleição, muitos falarão de educação, mas infelizmente as promessas não passarão de meras falácias. E o eleitor, que se esquece rápido das promessas, não se lembrará mais disso.
Até mais!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Educação ainda não é prioridade no governo

Mais uma vez fica constatado o descaso com a educação no Brasil. Os números do Ideb são desanimadores. É necessário muito mais do discurso para mudar os rumos da educação; é necessário, entre outros fatores, disposição, vontade política, capacidade administrativa, menos corrupção e métodos mais eficazes.
Seguem abaixo alguns números vergonhosos. Educação ainda não é prioridade!


Em 2009, Ideb do ensino médio estaciona; nota dos anos iniciais continua avançando
01/07/2010 - 15h01

Foi divulgado nesta quinta-feira (1º) o "boletim" da educação brasileira pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), baseado em dados de 2009. A primeira etapa do ensino fundamental (1ª à 4ª série) ficou com nota média de 4,6. A segunda etapa (5ª a 8ª série), ficou com 4,0; o ensino médio, por sua vez, teve média 3,6. As médias, apesar de "vermelhas", estão acima das metas traçadas pelo governo para o ano de 2009, que eram de 4,2, 3,7 e 3,5, respectivamente. A nota é medida numa escala que vai de 0 a 10.
O ensino médio, que apresentou nota média 3,6, foi o que apresentou menor crescimento: teve apenas variação de 0,1 em relação ao último índice divulgado, em 2007. De 2005 a 2007, a nota do ensino médio teve o mesmo aumento: foi de 3,4 para 3,5.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/07/01/em-2009-ideb-do-ensino-medio-estaciona-nota-dos-anos-iniciais-continua-avancando.jhtm

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Educação é coisa séria!

Hoje, no meio do dia, estudantes da UFES pararam a Av. Fernando Ferrari, causando tumulto no trânsito. Alguns motoristas reclamaram; outros se aborreciam. Mas, infelizmente, foi a única forma encontrada pelos universitários para chamar a atenção da sociedade da Ilha.
Quem anda pelos corredores da UFES parece estar andando em um lugar abandonado: prédios escuros, paredes descascando, cadeiras quebradas, tudo sucateado. Faltam professores, faltam laboratórios para pesquisa. Falta seriedade por parte do Governo Federal. E hoje foi o dia do "basta".
A seguir, texto do "Século Diário", apresentando mais detalhes:


Alunos da Ufes fazem manifestação em defesa da educação com qualidade (Lívia Francez )


Insatisfeitos com a falta de estrutura dos prédios e com a constante falta de professores, os alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) organizaram um protesto na universidade nesta quarta-feira (5). Os alunos também reclamam da falta de professores em diversos cursos tanto do campus de Goiabeiras quantos nos campi de São Mateus, no norte do Estado e de Alegre, na região do Caparaó.
Os estudantes alegam que a falta de condições estruturais dos prédios está prejudicando a aprendizagem em diversos cursos e é um problema geral na universidade. Em alguns centros, como na Engenharia, o problema é ainda mais acentuado, tendo falta de professores mais de dois meses depois do início do ano letivo.
A manifestação teve início no Restaurante Universitário e seguiu pela Avenida Fernando Ferrari, terminando na Ponte da Passagem. De acordo com o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Rafael Sodré, o protesto tem o objetivo de denunciar o caos na universidade, cobrar a defesa da educação e melhor planejamento de obras nos campi.
A unidade da Ufes do norte do Estado também passa por dificuldades técnicas e estruturais, com a falta de biblioteca e restaurante universitário adequado. Os alunos da unidade de Vitória se sensibilizaram com a situação das unidades do interior e incluíram-nas no protesto.
Exemplo das dificuldades que os alunos enfrentam é a falta de professores nos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação, que ficaram sem aulas em duas disciplinas, mesmo decorridos dois meses do ano letivo. Os alunos chegaram a protocolar denúncia no Ministério Público Estadual por conta da situação.
Em outra ocasião, no ano de 2009, os alunos de Comunicação Social também protestaram contra a falta de laboratórios para a realização de aulas práticas. O prazo para a entrega da obra havia se esgotado, mas os estudantes constataram que, no estado em que se encontrava o prédio, ainda seria necessário mais tempo para que aulas pudessem ser ministradas no local.
O antigo prédio onde se localizavam os laboratórios de Comunicação Social foi cedido para o novo curso de Gemologia, que teve início no início deste ano e ainda não tem instalações para atender os alunos. Portanto, os estudantes que aguardam a entrega do prédio há seis anos ficaram sem laboratórios necessários para a prática do curso.

Onde estão os investimentos em educação?

A escolha.

Em ano de Copa de Mundo, não é fácil falar de eleição. Mas é preciso, porque depois da empolgação dos jogos, é necessário saber que teremos que fazer nossas escolhas. E escolher nunca foi fácil.
Os eleitores escolhem seus candidatos por vários motivos: por conhecê-lo pessoalmente, por frequentarem os mesmos locais, por ser o médico que o atende, por ser da mesma igreja. E há outros que, independentemente da relação que exerça com o candidato, avaliam outros tantos aspectos. Hoje li um texto muito interessante sobre a escolha do candidato e achei interessante. Divido-o, então, com vocês:

Receita de Candidato - como escolher um candidato em uma eleição



Aproxima-se o momento de sufragar o voto nas urnas de outubro próximo e o Brasil retorna ao clima eleitoral que, nos últimos anos parece ser, felizmente, uma constante na vida nacional. Encerrando o longo jejum das urnas, no balanço final, reencontramos o estado democrático de direito e esse reencontro tem sido, de longe, o maior beneficio extraído das urnas. Em um primeiro momento buscávamos nas urnas os salvadores da Pátria, de todas as cores e matizes ideológicas: os candidatos, em uníssono apresentaram com toda parafernália tecnológica existente, seus projetos para erradicar a miséria e a pobreza, promover o desenvolvimento regional, elevar o salário mínimo a um plantar decente, alavancar o país ao primeiro mundo.

No entanto, a esses candidatos faltou a plataforma essencial: salvarem-se a si mesmos do bacilo da corrupção e do vírus corporativista, fazendo com que todos representassem interesses claros ou ocultos, conforme cada caso, e enterrando a tênue esperança de que somente o estado de direito poderia propiciar. E assim chegaremos a este outubro tendo como plataforma unânime de todos nada menos que a proposta da honestidade pessoal, do zelo e seriedade pelo bem público, quando tais pressupostos deveriam ser o mínimo exigido para qualquer cidadão digno de ser alcunhado por este nome. Com efeito, ser honesto e ter espírito público não deveria ser característica de postulantes e mandatos populares, mas, antes, ornamento de caráter tanto para o cidadão comum quanto para os seus líderes e representantes.


No Brasil de hoje, se confundem os programas partidários tanto quanto os recursos amealhados para as campanhas e também se confundem as chamadas “ideologias”, em que todos parecem optar pelo social, a todo custo. Nessa visão generalizada se nos oferecem meios para uma nova redenção , de um tiro único e certeiro na famigerada inflação até a transposição do rio São Francisco e Jaguaribe a afastar para sempre o espectro desolador da seca nordestina. É quando Conselheiro se encherá de razão e então o sertão vai virar mar e o mar será sertão.


Colocando ao lado os programas partidários, já que são mais assemelhados que diferenciados, resta-nos então, buscar o candidato ideal, aquele que poderá vocalizar nossas mais acalentadas aspirações. E aí, convém uma reflexão imediata sobre o passado do candidato, seus comprometimentos nos últimos anos ou pelo até onde possamos tomar conhecimento. Na minha “receita de candidato”, os aspectos sobressalentes seriam: atributos morais a toda prova, espírito de servir, respeito pela coisa pública , capacidade administrativa.


É uma receita difícil, convenhamos. Mas não é impossível se buscarmos ouvir todas as fontes, que são os diversos jornais e telejornais, sempre estando atentos para que o candidato não seja tão endeusado pela mídia eletrônica e escrita que nos faça comprar gato por lebre, como recentemente aconteceu.


O outro extremo é também perigoso: um candidato que é massacrado em excesso por determinados meios de informação pública. Sempre que existem excessos, com certeza a verdade está sendo escamoteada, pois se ninguém é perfeito, não existe um candidato 100% bom ou 100% mau. Da mesma forma, não seria razoável esperar encontrar um candidato que se atenha à receita acima exposta, mas confesso esperar encontrar uma candidato que melhor combine todas essas características: honestidade, espírito público, capacidade empreendedora e sobretudo, sinceridade em suas promessas de campanha. Em contraponto aos já mencionados “salvadores da Pátria”, há que se acordar que é sempre mais fácil recuperar toda uma nação e pavimentar de boas intenções todos os gestos e sentimentos, mas sem um pé na realidade, nada feito.


A maior reforma é a que principia no íntimo de cada um de nós e, em maior ou menor escala, nossos líderes são nada mais que um reflexo de nós mesmos, os vamos dizer, liderados (destaque meu). O verdadeiro líder não está em busca de auferir vantagens financeiras e nem muito menos alcançar uma função pública como alimentador de sua vaidade pessoal. O exercício do voto, em todo caso, é imprescindível para a construção de um novo Brasil e este exercício requer esforço de cada um de nós, não nos deixarmos levar pelos que apostam no “tudo ou nada”, é literalmente, a livre e independente busca da verdade, esteja onde estiver. Somos então convocados a liberar nosso faro de Sherlock Holmes, sem no caminho ceder ao desânimo de não encontrarmos o candidato ideal.


Aquele que “melhor combine” é o caminho da moderação e o sentimento do dever cívico cumprido e, no caso, bem cumprido.

http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=88

Olhar para fora de si mesmo.


Sempre digo a todos com os quais convivo: tudo começa e termina no velho e bom ciclo da educação: uma população que tem acesso à boa escolaridade não necessitaria de tantas instituições que lhes prestassem todo tipo de auxílio. Com mais escolas, mais professores qualificados na rede pública, melhores salários, menos miséria, menos desigualdade, maior divisão de renda, mais cidania! Mas enquanto a boa escola pública não vem, podemos fazer a nossa parte.
Sem demagogia e sem falso moralismo: ajudar o próximo e pararmos de olhar somente para nós mesmos nos torna menos egocêntricos. O Estado precisa fazer a parte dele; e nós, sociedade civil organizada, podemos fazer a nossa. Visitar instituições de amparo aos mais humildes e necessitados e doar um pouco de nosso tempo para construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, com projeção futura nos permite conhecer um pouco mais da realidade que nos cerca; nos faz ver que todos devem ter as mesmas chances, os mesmos direitos.
Que bom que existe o projeto "Solidariedade" na escola onde trabalho!
Que bom ver meninos e meninas descobrindo novos rumos!
Que acreditar que somos construtores de nosso meio!
E é isso!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vamos fazer a nossa parte!


Todos deveríamos saber o que se passa no meio em que estamos inseridos. Abaixo matéria publicada no "www. seculodiario.com.br". Vamos participar e fazer de Vitória e do ES um lugar onde a população conhece seus direitos de cidadãos.

Layout e perfil da Feira do Verde continuarão exaltando as poluidoras
Flavia Bernardes

O debate realizado no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) sobre a possível retirada das empresas poluidoras do quadro de patrocinadores não teve sucesso. Realizada na tarde desta segunda-feira (3), a informação do secretário de Meio Ambiente de Vitória, Roberto Mannato Valentin, é que tanto o layout quanto o perfil da Feira do Verde continuarão os mesmos dos últimos anos, ou seja, a feira contará com a participação das poluidoras que atuam no Estado.
A demanda de retirada de empresas como Vale, Arcelor Mittal, Samarco Mineração S/A, entre outras, do layout e do perfil da feira foi apresentada pelo conselheiro do Condema, ambientalista e médico naturalista Marco Ortiz. Além dele, dezenas de ambientalistas e movimentos da sociedade civil organizada também cobram, através de cartas de repúdio, reuniões com a prefeitura e até em manifestações dentro da feira uma posição da prefeitura mais coerente com a proposta ambiental do evento.
“Todo ano é a mesma coisa, é preciso buscar dinheiro do fundo do Ministério do Meio Ambiente ao invés de entregar uma feira ambiental na mão das poluidoras deste Estado”, ressaltou Marco Ortiz.
Ao todo, são cerca de quatro anos de debates entre a sociedade civil organizada e ambientalistas sobre a participação de empresas como a Vale, ArcelorMittal e Petrobras, Samarco Mineração S/A e a ex-Aracruz Celulose – Fibria (esta última se retirou após as manifestações da sociedade dentro da feira contra a ocupação de terras indígenas e quilombolas).
Nos primeiros anos, quando a feira foi apelidada de “Farsa do Verde”, as manifestações contaram com centenas de representantes da sociedade que chegaram a se fantasiar de eucalipto em protesto contra a participação da ex-Aracruz Celulose no evento.
Após anos de protestos, foi formado então o Grupo pela Vida, na tentativa de entrar em acordo com a prefeitura de Vitória, que em um primeiro momento se mostrou interessada em garantir a participação da sociedade civil organizada no evento, o que ocorreu em 2008, através de estandes reservados para o grupo chamado de Lado B. A condicionante imposta pelos ambientalistas para unir forças com a feira foi para que as empresas que degradam o meio ambiente, e que participam da feira, deveriam assumir seus impactos perante o público e divulgar quais medidas estão sendo tomadas para remediar o problema. Entretanto, isso não ocorreu, e em 2009, após as exigências feitas pelo grupo, a prefeitura se afastou das negociações mantendo as empresas no evento.
A intenção do Grupo pela Vida, coordenado por Marco Ortiz, era fazer uma feira de acordo com a realidade dos capixabas, apontando os impactos e conscientizando a população sobre os verdadeiros responsáveis, realizando assim uma feira de forma transparente para a população. Entre as propostas do Grupo pela Vida, estava, por exemplo, a vinda da senadora Marina Silva para palestrar no evento.
A crítica dos ambientalistas atinge, principalmente, a postura das indústrias durante o evento. Eles reclamam que as poluidoras costumam se apresentar de forma lúdica durante o evento, por meio de estandes modernos e bem ornamentados, camuflando seus impactos e ressaltando, apenas, pequenos trabalhos de educação ambiental como forma de “compensar” a população e o meio ambiente pelos seus impactos.
A informação é que as empresas que patrocinam e participam da feira são responsáveis, em sua maioria, pelo grande volume de impactos ambientais ocorridos no Estado nos últimos 40 anos.
A Secretaria de meio ambiente de Vitória chegou a procurar o fundo do Ministério de Meio Ambiente, mas não conseguiu financiamento para a Feira do Verde. Todo o projeto da Feira do Verde 2010 será apresentado em junho.

Lado B
Em 2008, a feira do Lado B foi realizada simultaneamente à Feira do Verde, na Praça do Papa, num espaço lateral, tendo sido considerada um sucesso entre o público. Isso porque trouxe problemas reais ao debate, ouvindo a população, que participou dos encontros, e discutindo soluções, inclusive cobrando das empresas que assumissem e minimizassem seus impactos sobre o meio ambiente no Estado.
Entre os temas debatidos no ano passado estavam a falta de tratamento de esgoto na Grande Vitória e a poluição da baía de Vitória; agroecologia e segurança alimentar; falta de estudos sobre lagos do Estado e os impactos que este recurso vem sofrendo; o que vem sendo feito no Estado sobre reaproveitamento de lixo; o ex-Pólo de Anchieta, entre outros.
A intenção da feira do Lado B era se contrapor à Feira do Verde, trazendo à população a problemática vivida entre indústria e meio ambiente, como as exigências de condicionantes, deveres de empresas, a responsabilidade de cada um quanto aos impactos, as deficiências do Estado e as possíveis soluções para tais problemas.
Leia Mais: Patrocínio de poluidores na Feira do Verde será debatido pelo Condema
http://www.seculodiario.com/exibir_not.asp?id=5642

segunda-feira, 3 de maio de 2010


Chuvinha de nada dia desses e o IBES, primeiro bairro projetado (imagina se não fosse) da América Latina, fica assim! O povo paga IPTU para quê? Chega de tanta falácia!

domingo, 2 de maio de 2010


Esse é o Brasil que queremos?
Leiam a matéria sobre os desvios das verbas para educação. O link está abaixo. É vergonhoso o que andam fazendo com o dinheiro público!


Uma escola na zona rural de Olho d’Água das Cunhãs, Maranhão. A aparência não deixa dúvidas, mas as notas fiscais da prefeitura registram reforma de R$ 23 mil
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI137349-15223,00-AS+RACHADURAS+NO+ORCAMENTO+DA+EDUCACAO.html

sábado, 1 de maio de 2010

E o povo?

O que fazer pelo povo?




Gosto muito de caminhar por entre as pessoas mais simples, mais humildes e observar o que elas falam e como elas vivem. Não estou falando de humildade no sentido econômico, mas num sentido bem amplo, comportamental, porque já aprendi que humildade não está diretamente ligada à questão social.

Pois é, foi andando por aí, que sempre me deparei, diversas vezes, com grandes lições de vida, com brasileiros e brasileiros que conseguem viver com o mínimo que o Estado lhes oferece, pois o resto é por conta deles. Nem por isso se acham melhores ou piores que os outros, nem por isso entregam os pontos, se deixam abater pelo descaso. Fazem parte de um povo que não se entrega, ainda que a luta seja diária e a jornada para sustentar filhos - que ficaram por conta de outras pessoas - seja dobrada!

Que povo é esse?! De sol a sol não desiste nunca, luta, buscando melhores dias. E se conservam, em sua maioria, íntegros.

E onde está o Estado? Onde estão os gestores públicos para fazer valer os impostos pagos? Onde está a sociedade civil organizada para cobrar daqueles que devem administrar o Estado?

Estive em Paul e fiquei sabendo que mais uma escola está dispensando seus alunos mais cedo por falta de professores. Mas o que é isso, em pleno século XXI, quando já se fala tanto em inclusão digital, em currículo por competência, admitirmos uma escola pública dispensando seus alunos por falta de professores?

Onde está o povo que não luta por seus direitos? O que fazer pelo povo para que saiba que seus direitos são garantidos por lei?

É preceito constitucional a educação! Mas sem educação, sem escolaridade, o povo não sabe que pode lutar por uma educação de qualidade!

Jorge Miranda, em Teoria do “Estado e da Constituição”, diz que "o povo vem a ser, simultaneamente, sujeito e objeto do poder, princípio ativo e princípio passivo na dinâmica estatal". Se o povo é sujeito e objeto do poder, falta dar a esse povo, tão distante de seus direitos, a condição de exercer realmente figurar no pólo ativo do poder.

Chega de discursos demagógicos! Já passou da hora de dar ao povo o que já lhe fora garantido constitucionalmente! Chega de fazer da nossa Carta Magna uma letra morta, um mero documento que não concretiza a dignidade da pessoa humana!

É isso!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Minha chegada ao ninho tucano, em 2009:
à direita, o Deputado Federal Jutahy Magalhães, PSDB - BA; à minha esquerda, um líder nato, Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo (entre 2001 e 2006), e o Deputado Federal Silvio França,PSDB – SP.





Sobre a mulher na política, li um texto interessante, de Maria Berenice Dias (segue trecho) http://www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/politica/2215-a-mulher-na-politica.html

"(...) A Constituição Federal é enfática, e até repetitiva, ao proclamar a igualdade entre o homem e a mulher. Segundo o filósofo Norberto Bobbio, a maior transformação que ocorreu neste século foi a revolução feminina. Assim, no limiar de uma nova era, é chegada a hora de poder-se afirmar, sem falso otimismo, que o século XXI será o século das mulheres.
Mas não basta ser mulher para mudar a condição da mulher na política . É preciso que a política seja vista pela ótica da mulher. Só assim haverá uma inovação, e a participação feminina será uma conquista, não uma concessão."


Até mais.
Vitória e seus encantos! A Ilha das Caieiras é um dos lugares bonitos de se ver. Sem investimentos não se atrai o turista. É necessário que o poder público volte o olhar para o que tem de melhor para oferecer.
Museu da Vale: num final de semana de abril. Lugar bonito de se ver. Sem história não se constrói um futuro digno.

Você sabe mesmo o que é política?

Em ano de eleição fala-se tanto em "política". Mas você sabe o que é isso?
Dê uma lidinha no texto abaixo e tire suas conclusões.


O que é política?
Apesar das muitas acepções que a palavra política tem, devemos reconhecer que existe uma realidade homogênea da política.
Carlos Fayt aponta três significados para o vocábulo: no primeiro, política é uma forma de conduta humana, uma atividade que se expressa em relações de poder, de mando e de obediência. Quando a ação está referida ao fenômeno do poder, estamos na presença da política prática, aplicada, a arte política, ou seja, a técnica para adquirir, conservar e acrescentar o poder.
O conteúdo desta atividade tem como idéia principal a luta pelo poder. Contudo, também se apresenta como ação de governar, cujo fim básico é organizar e dirigir a comunidade, analisando a forma pela qual se conduzem os governantes para obter êxito em seus propósitos e metas. Assim mesmo, a ação política se entende como empresa comunitária, com especial referência à atividade dos governados, dos dirigidos.
Neste sentido, o poder deixa de ser um fim em si, para se transformar em um meio para se atingir este fim, ainda que ele não seja outro que não a própria institucionalização do poder. Deste modo, o poder atua como antecedente constante e incondicionado da ação política.
Fayt designa como dinâmica política ao processo da política como atividade ou ação que se dá no momento da conquista do poder. Visto assim, resultam três momentos diferentes da política.
O segundo significado é o resultado da política como atividade que tem surgido nos órgãos, na organização e na distribuição das competências que são atividades cristalizadas no Estado moderno, dando lugar à uma política estática. Isto tem levado a diversos autores a sustentar que antes do que o Estado surgiu a política, em virtude da sua maior amplitude.
Das duas idéias anteriores, da dinâmica política e da estática política, convertidas em objeto do estudo sistemático do vocábulo que estamos analisando, surge o seu terceiro significado que se refere a política teórica ou ciência política.
Na sua obra “Teoria de La Política”, o tratadista Carlos Fayt, com a intenção de fazer o termo política mais compreensível explica-o sob quatro sentidos diferentes.
a) Conceito amplo e genérico: Política e político vistos nestas dimensões se referem a toda classe de poder organizado, que significa que não devem ser associados unicamente com poder do Estado, sendo qualquer formação social em que se estabelece uma relação de mando e obediência entre os chefes e seus membros.
b) Conceito específico: Neste sentido o poder político se impõe coativamente e obriga a todos os membros da comunidade a respeitar suas decisões, podendo fazer uso da força material se necessário. Deste ponto de vista a política é a atividade humana que se realiza com a finalidade de influir na organização da vida estatal mediante o exercício do poder.
c) Sentido vulgar de política: Este critério parte da idéia de que a política é a atividade do homem para conquistar o poder, sem importar-se com os meios morais para consegui-lo. Nesta acepção o termo é usado em relação com o governo, com os partidos políticos e com os grupos que pretendem obter o poder do Estado.
d) Acepção científica: Política é o conjunto de conhecimentos sistematizados referentes à organização e governo das comunidades humanas passadas e presentes, de suas instituições e das diversas doutrinas políticas que tem inspirado seu desenvolvimento, levando em conta as relações de poder estabelecidas entre seus membros.


http://www.politicavoz.com.br/cienciapolitica/artigo_01.asp

É importante manter-se informado para não cair nas artimanhas dos falaciosos.
Até mais.
Passeando em sites relacionados a interesses da juventude, encontrei, num texto de Porto Alegre, uma matéria interessante no endereço http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2873630.xml&template=3898.dwt&edition=14503&section=1541

POLÍTICA TAMBÉM É ASSUNTO DE JOVEM
O Parlamento Jovem foi criado para estimular os estudantes a exercerem a cidadania. Desde o início do mês, a Coordenadoria da Juventude de Canoas distribui cartilhas em 15 escolas municipais, estaduais e particulares para explicar a iniciativa, que terá sua segunda eleição em junho e julho.Segundo o titular da Coordenadoria da Juventude, Almiro Gherat, é uma oportunidade de conhecer os bastidores do Poder Legislativo.– Tomamos como base o Parlamento Jovem da Câmara Federal, mas o nosso tem duração de um ano (o federal dura cinco dias). Há uma integração maior – explica.O jovens vereadores canoenses iniciaram o mandato no final de novembro. Assim como o legislativo municipal, entraram em recesso. No período, eles conseguiram elaborar cinco projetos de lei. Todas as ideias serão apresentadas até o final do mês para o prefeito Jairo Jorge. Caso estiverem de acordo com a Lei Orgânica Municipal, poderão ser sancionadas pelo prefeito ou passarão pelo aval da Câmara dos Vereadores.Embora tenha concluído o Ensino Médio no ano passado, Fernando Garcia, 22 anos, presidente da mesa diretora do Parlamento Jovem, quer voltar este ano na Escola Estadual Guilherme de Almeida, na Vila Cerne, para estimular a adesão de candidatos:– Abriu-se um leque de oportunidades. Estou aprendendo muito a cada dia.Representante do Partido do Meio Ambiente na Escola Estadual Affonso Charlier, bairro Mathias Velho, Gabriela Machado dos Santos, 16 anos, decidiu que seguirá a carreira política. Hoje, ela é a mais jovem delegada do Orçamento Participativo da cidade.– Sempre gostei de expor as minhas ideias. Vou fazer a faculdade de Direito e entrar para a política – planeja Gabriela.


Parabéns a esses jovens que não se deixam abater por uma avalanche de escândalos promovidos por políticos que fazem da coisa pública um condomínio, cujo síndico jamais será o povo.
Na política, é preciso estar sempre atento para se verificar as reais intenções de quem pleiteia permanecer no poder. O poder só é legítimo quando defende interesses do povo.
É isso!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

E a internet já é velha conhecida!

Internet realmente já virou coisa de gente séria há muito tempo. E agora é mais uma ferramenta que o eleitor poderá utilizar para conhecer as ideias dos que se dispuserem a trabalhar por uma política mais justa, mais séria, mais próxima da realidade e do eleitor.
Num mundo cuja informação é tudo, saber o que fazer com ela é mais relevante ainda. Não basta ter a informação; é preciso fazer com que ela seja usada de maneira eficaz!
E hoje li um texto na Revista Época que mostra um pouquinho da importância da net no processo eleitoral deste ano.
Abaixo, partilho um trecho com vocês:

"Qual será o papel da internet na eleição?
É verdade que sites, blogs e redes sociais terão maior influência neste ano. Mas não, ainda não teremos um fenômeno como Obama no Brasil
Bruno Ferrari e Danilo Venticinque
Neste ano, os candidatos festejaram a conquista de uma nova vitrine para fazer propaganda política: a internet. Todos apostam na rede como um poderoso meio para interagir com os eleitores, medir em tempo real a reação da opinião pública, debater com os adversários e, no limite, estabelecer a agenda da eleição. Dois fatores ampliaram a relevância da campanha on-line. O primeiro – e mais óbvio – é o crescimento do número de internautas no país. De acordo com o Ibope, o Brasil saltou de 32 milhões de pessoas com acesso à internet nas eleições de 2006 para mais de 66 milhões hoje.
O segundo fator é a nova legislação eleitoral sobre o assunto. Ela dá aos partidos uma liberdade inédita na rede. Ao contrário dos anos anteriores, quando a internet estava sujeita às mesmas restrições aplicadas à TV e ao rádio, neste ano é possível organizar debates livremente, mesmo sem a participação de todos os candidatos, usar redes sociais mesmo antes do período oficial de campanha e fazer da internet um campo de provas para todo tipo de ideia exótica na batalha eleitoral.
Os coordenadores dos principais partidos têm uma inspiração comum. Com um misto de deslumbramento e inveja, todos citam o sucesso da campanha presidencial de Barack Obama, nos Estados Unidos, em 2008. Num país onde a renda, o alcance da internet e a cultura de participação política são maiores, Obama soube usar ferramentas como o Twitter – até então pouco conhecido – para se comunicar com seus eleitores, opinar sobre questões cruciais do país, animar a militância e arrecadar fundos. Ao todo, foram mais de US$ 500 milhões doados por cidadãos e empresas via internet, metade de toda a verba recebida pela campanha de Obama. A esperança dos marqueteiros políticos digitais é obter no Brasil um sucesso comparável. (...)"


Mas é importante saber onde e o que buscar na net. Do contrário, ficamos reféns da máquina e nos esquecemos de quem está atrás dela. Sem relações pessoais não se constrói uma sociedade mais justa!
Até mais.

domingo, 25 de abril de 2010

De novo o turismo

Hoje li no "gazetaonline":

Santa Maria de Jetibá recebe lançamento do Circuito Gastronômico
25/04/2010 - 17h10 (
- gazeta online)Será lançado no próximo dia 14 de maio, na Secretaria de Turismo, em Santa Maria de Jetibá, o Projeto Circuito Gastronômico, que pretende agregar valores às atividades turísticas e promover o desenvolvimento cultural e econômico dos municípios.O principal objetivo é melhorar o atendimento, a lucratividade e a competitividade no setor gastronômico, além de incentivar a criação de novos pratos e a valorização da gastronomia pomerana e local. Um grupo de nove empresas - entre restaurantes e cafeterias - participará do projeto em Santa Maria. No dia do lançamento, os estabelecimentos vão realizar uma apresentação de suas especialidades para autoridades locais e estaduais, empresários e a comunidade.

Como eu disse dias atrás, é preciso incentivar o turismo no ES e criar meios para que nós, do interior do estado, tenhamos condições para nos fixarmos em nossas cidades.
Morar na capital é bom; mas o interior do estado tem grande potencial para desenvolver o agroturismo, o agronegócio, a rede hoteleira e os serviços de alimentação, e promover a valorização do que cada região tem a oferecer.

Sem incentivo e investimento não há como desenvolver qualitativamente o ES.
Até mais!

Coisas de domingo

Domingo é o dia: dia de estar com a família; dia de ir ao culto; dia de ler o jornal tomando um café bem demorado; dia de ver as crianças crescendo; dia de comer galinha "pé duro" na casa de um tio muito especial; dia de ouvir boa música ("Seu" Tião Sete Cordas); dia de fazer o que se quiser fazer. Dia de dizer que "domingo é o dia!".
Dia de dizer a todos que não devemos disperdiçar nossos momentos, porque a vida é única e não sabemos a hora da saída.
Dia de lembrar dos poetas que sabem dizer tudo com tão poucas palavras.
Como invejo os poetas!

Relendo Mário Quintana, o poeta das coisas simples:

Dos mundos

Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.
Quintana

E eu pergunto: será que esse mundo (re) inventado ficou melhor?
Domingo também é dia de partilhar ideias e ideais.
É isso aí!



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Turismo no ES

É preciso incentivar o turismo no ES.
No "gazetaonline", quarta-feira, 21/04/10, saíram dicas interessantes para o feriado. Mas eu pergunto: existe estrutura e incentivo para o turismo?

Veja opções para curtir o feriado na Grande Vitória

20/04/2010 - 16h34 (Mary Martins - Da Redação Multimídia)Nesta quarta-feira (21), feriado de Tiradentes, as repartições públicas estaduais e municipais não abrem, vão funcionar apenas os serviços essenciais. Os bancos voltam a atender o público na quinta. Os supermercados estarão abertos das 8 até as 18 horas.Quando o feriado cai numa quarta-feira, dá até para descansar, mas a semana não fica curta, pois ele não se transforma nos famosos feriadões. E para quem não pretende viajar e nem 'enforcar' a quinta e a sexta-feira, a dica é torná-lo cultural, passeando sem gastar muito.Centro histórico Os monumentos do Centro Histórico de Vitória, que fazem parte do projeto visitar, estarão abertos neste feriado. Dos seis locais, Catedral Metropolitana, Igreja do Rosário, Igreja e Convento do Carmo, Convento de São Francisco, Igreja de São Gonçalo e Theatro Carlos Gomes, apenas o teatro estará fechado devido às obras de reforma. Ao chegar, o visitante será atendido por um monitor turístico, que irá prestar todas as informações necessárias, além de destacar a importância e os detalhes técnicos de cada obra histórica. Além disso, será entregue material impresso com detalhamento sobre o monumento visitado.Exposição A mostra 'A beleza na escultura de Michelângelo', que está no Palácio Anchieta, também vai estar aberta a partir do meio dia. Quem ainda não foi, não pode perder a mega-exposição internacional com obras relacionadas à carreira do pintor, arquiteto, poeta e escultor italiano Michelângelo. A mostra fica em Vitória só até o dia 09 de maio. A entrada é gratuita.Música clássica Quem gosta de música erudita, a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes) se apresentar às 20 horas no Teatro Marista, em Vila Velha, dentro da série Quarta Clássica. O maestro Helder Trefzger vai realizar o novo concerto da série.Lazer Agora, se a preferência for fazer compras, shoppings da Grande Vitória vão estar abertos nesta quarta.
Nos Shoppings Praia da Costa e Vitória, lojas, estandes e praça de serviços funcionarão de 15h às 21h e a praça de alimentação, lazer e cinemas funcionarão de 11h às 22h.
O conserto conta com a participação da solista Gabriela Quiroz, que é professora de violino da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para quem tem criança em casa, uma excelente opção de lazer para o dia é visitar o Parque Botânico da Vale, que fica em Jardim Camburi, em Vitória. Lá acontece a 'Semana da leitura', com apresentações de teatro, oficina de roda de leitura, recital de poesias, ambientação e passeio pelas trilhas do local. O parque ficará aberto das 8 às 17 horas.

SERVIÇO Monumentos Históricos: Os monumentos do centro de Vitória vão estar abertos das 9 às 17 horas. Ao todo são cinco locais, Catedral Metropolitana, Igreja do Rosário, Igreja e Convento do Carmo, Convento de São Francisco e Igreja de São Gonçalo.
Mostra Michelângelo: A exposição 'A Beleza na Escultura de Michelangelo' vai estar aberta nesta quarta das 12 horas às 18 horas, no Palácio Anchieta. A entrada é gratuita.
Parque Botânico da Vale: Aberto e com atividades para a criançada.
Acontece no local a semana da leitura com teatro, oficina e roda de leitura, recital de poesias e passeio nas trilhas do local. P
arque Botânico Vale fica na Avenida dos Expedicionários, s/n, Jardim Camburi, Vitória e ai ficar aberto das 8 às 17 horas.

Vamos melhorar o turismo! Capixaba tem bom gosto e nosso estado oferece boas opções.
Até mais.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Boa reflexão para sexta-feira

Pessoal, formar opinião não é nada fácil. Principalmente quando somos bombardeados por diversas informações sem saber exatamente qual delas é a verdadeira. Ainda bem que há bons críticos, como Jabor, que não se calam diante de mentiras e de posturas meramente "marketeiras".
O texto publicado em "O EStado de São Paulo" nos propõe uma breve reflexão diante da atual conjuntura política.

O perigo da 'grande marcha'... à ré
Por: Arnaldo Jabor

Lula é um "reality show" permanente. Lula está em "fremente lua de mel consigo mesmo", como dizia Nelson Rodrigues.Mas, em sua viagem narcisista começam os sintomas do erro. A sensatez do velho sindicalista virou deslumbramento. Um dia, abraça o Collor, no outro, está com o Hamas e Irã.
Freud (não o Freud Godoy dos "aloprados"...) tem um trabalho clássico, O Fracasso Após o Triunfo, no qual mostra que há indivíduos que lutam e vencem, e, depois da vitória, se destroem, porque muitos carregam no inconsciente complexos inibidores do pleno sucesso. Quanto mais medíocre é o dirigente, mais ele despreza a inteligência e a cultura e se transforma numa ilha cercada de medíocres.
Será que foi por isso que Lula escolheu uma senhora sem tempero, uma gaffeuse sem prática, com "olhos de vingança", como me disse um taxista? Parece um sintoma.
A grande ironia é que Lula foi reeleito por FHC. Sem o Plano Real, o governo Lula seria o pior desastre de nossa História. E, ajudado também pela economia mundial em bonança compradora, ele hoje diz que é responsável pelos bons índices econômicos que o governo anterior organizou. E não cai um raio do céu em cima...
Afinal, o que fez o governo Lula, além de se aproveitar do que chamava de "herança maldita", além do Bolsa-Família expandido e dos show de TV? Os primeiros dois anos foram gastos no "assembleísmo" vacilante dos "Conselhos" que ele nunca ouviu, depois a briga com a "gangue" dos quatro do PT, expulsos. Depois, a aventura da quadrilha de corruptos "revolucionários" que Roberto Jefferson desbaratou ? para sua e nossa sorte ?, livrando-o do Dirceu e de seus comunas mais ativos. Aí, Lula pôde voltar ao seu populismo personalista.
Lula continua o símbolo do "povo" que chegou ao poder, mascote dos desvalidos e símbolo sexual da Academia. Lula descobriu que a economia anda sozinha, que basta imitar o Jânio Quadros, o inventor da "política do espetáculo", e propagar aos berros o tal PAC, esse plano virtual dos palanques. Lula tem a aura sagrada, "cristã" do mito de operário ignorante e, por isso, intocável. Poucos têm coragem de desmentir esse dogma, como a virgindade de Nossa Senhora...
Por isso, vivemos um importante momento histórico, que pode marcar o Brasil por muitos anos. Agora, com as eleições, vai explodir a guerra com o sindicalismo enquistado no Estado: 200 mil contratados com a voracidade militante de uma porcada magra que não quer largar o batatal. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica, tudo para manter o terrível "patrimonialismo de Estado". Não esqueçamos que o PT combateu o Plano Real até no STF, como fez com a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como não assinou a Constituição de 88. Este é o PT que quer ficar na era pós-Lula. Seu lema parece ser: "Em vez de burgueses reacionários mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos."
Os "companheiros" trabalham sincronizados como um formigueiro. O sujeito pode até bater na mãe que continua "companheiro". Só deixa de sê-lo se criticar o partido, como o Paulo Venceslau, que ousou denunciar roubos nas prefeituras, que depois se confirmaram na tragédia de Celso Daniel.
FHC resumiu bem: se continuar o "lulismo" com sua tarefeira Dilma, "sobrará um subperonismo contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão".
Ou seja, o velho Brasil volta ao seu pior formato tradicional, renascendo como rabo de lagarto. O País tem um movimento "regressista" natural, uma vocação populista automática. Será o início da grande marcha à ré...
Com a eventual vitória do programa do PT, teremos a reestatização da economia, o inchamento maior ainda da máquina pública, a destruição das Agências Reguladoras, da Lei de Responsabilidade Fiscal, em busca de um getulismo tardio, uma visão do Estado como centro de tudo, com desprezo pelas reformas, horror pela administração e amor aos mecanismos de "controle" da sociedade, essa "massa atrasada" inferior aos "revolucionários". A esquerda psicótica continua fixada na ideia de "unidade", de "centro", de Estado-pai, de apagamento de diferenças, ignorando a intrincada sociedade com bilhões de desejos e contradições.
A tarefa principal da campanha de Serra será explicar qual é o "pensamento tucano". Como ensinar a população ignorante que só um choque democrático e empresarial pode enxugar a máquina podre das oligarquias enquistadas no Estado? Como explicar um programa de "mudanças possíveis" na infraestrutura e na educação, contraposto a esse marketing salvacionista de Lula? Esse é o desafio da campanha do PSDB.
Aécio Neves fez bem em se indignar com a demagogia de Dilma no túmulo de Tancredo ? ele nos lembrou que o PT não apenas não apoiou Tancredo em 85, como expulsou seus três deputados que votaram nas eleições pela democracia.
A maior realização deste governo foi a desmontagem da Razão. Podemos decifrar, analisar, comprovar crimes ou roubos, mas nada acontece. Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.
Aécio Neves devia ir além e ser vice, sim. Seria um gesto histórico que lhe daria riquíssimos frutos, para além do interesse pessoal de uma política imediata. Aécio ganharia uma rara grandeza na história do País. Seu avô aprovaria.
Só uma alternância de poder, fundamental na democracia, pode desfazer a sinistra política que topa tudo pelo poder e que planeja, com descaro, transformar-se numa espécie do PRI mexicano, que ficou 70 anos no poder, desde 1929. Durante o poder do PRI, as eleições eram uma simulação de aparente democracia, incluindo repressão e violência contra os eleitores. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma "ditadura perfeita". Será que isso nos espera?


Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A culpa é de quem?

Pessoal, toda tragédia causa grade comoção. A do Rio, com toda certeza, deixou todos nós brasileiros muito tristes, abalados e estarrecidos. São vidas que se foram, sonhos que se acabaram e novas direções que deverão ser encaminhadas. Mas há sempre os que se isentam da responsabilidade.
Na revista Época dessa semana, tem um texto que não pode deixar de ser lido. Segue na íntegra.

A omissão que mata
RUTH DE AQUINO é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiromailto:Janeiroraquino@edglobo.com.br

Quem mora lá no morro já vive pertinho do céu. A canção composta por Herivelto Martins em 1942, “Ave Maria no morro”, é um exemplo da relação romântica entre o Rio de Janeiro e a favela. Um amor com final trágico e previsível. Como todos vimos na semana passada, eram pobres e favelados as vítimas da tempestade no Estado. E quem matou essas famílias não foi a fúria das chuvas. Mas governos negligentes, paternalistas, demagogos e irresponsáveis.
O crime mais revoltante foi cometido pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, de Niterói.“Eu sabia do lixão ali, mas nunca tinha havido nenhum incidente.” Foi a declaração inocente do prefeito do PDT. Ele comanda Niterói desde 1989, com alguns intervalos para um prefeito do PT. O Morro do Bumba abrigava uma comunidade inteira, com casas, igreja, pizzaria, bares e creche. Tudo sobre um lixão tóxico, desativado em 1986. A comunidade floresceu sob a vista complacente e amiga de Jorge Roberto. A Cedae colocou ali bica d’água. O então governador Brizola levou ao Bumba o programa “Uma luz na escuridão”. Anos depois, a comunidade ganhou quadra de esportes, creche. Brizola virou nome de rua no Bumba. Não dá para acreditar que alguém instruído resolva urbanizar uma área condenada.
O prefeito Jorge Roberto nunca parou para pensar que estava cavando a sepultura de 150 pessoas ou mais, segundo cálculos de moradores.
Por que o lixão desativado não foi cercado por ele? Não era um morro qualquer. Era um amontoado de matéria orgânica que apodrecia e soltava gás metano, um gás explosivo. Aquilo não era um solo. Era uma bomba-relógio. “Você sabe, num país como o nosso, é muito difícil impedir assentamentos irregulares ou remover moradores de áreas de risco”, disse Jorge Roberto. “Tentei o possível, tentei o máximo.” O máximo.
O Morro do Bumba, com sua lama negra de detritos que desceu de uma altura de 600 metros, é o maior retrato da demagogia que pune os pobres. É o resultado da ausência de uma política habitacional para famílias de baixa renda. É a improvisação do salve-se quem puder. É o retrato de gerações de políticos que jamais pensaram a longo prazo, no bem-estar da população e das cidades.
Quem matou as famílias de favelados não foi a chuva. Foramgovernos negligentes, demagogos e irresponsáveis
Mas não são apenas políticos. Muitas vezes, é a esquerda-caviar carioca. Ou os gringos de institutos internacionais que vêm fazer tour exótico e social nas favelas para depois tomar champanhe na piscina do Hotel Fasano, de frente para o mar de Ipanema.
Até os nomes das favelas são poéticos. “O que está acontecendo é resultado de anos de demagogia em relação à favela”, diz a antropóloga carioca Alba Zaluar. “É incrível que essas tragédias ocorram em lugares com nomes como Morro dos Prazeres ou Chácara do Céu. As favelas historicamente eram cenários de sambas lindos, espaços de poesia e criatividade. Com o tráfico de drogas, essa visão romântica foi abalada.”
Um barraco pode ser o único patrimônio de uma família. Mas é preciso que o poder público rompa a ideia de que essa afetividade é sinônimo de segurança, em vez de transformar a favela em seu curral eleitoral. “É a própria política que ajuda a construir a noção de que a casa é própria, mesmo que esteja no meio de um barranco que pode cair a qualquer momento”, diz Alba. “E toda a sociedade é conivente com essa ideia.”
Sonho de qualquer cidadão, a casa própria nasce muitas vezes do tijolo e do ferro doados por políticos – não importa sobre que terreno ou com que engenharia a obra será erguida. “São esses mesmos políticos que, tempos depois, buscarão apoio da Justiça ou organizarão manifestações populares para evitar a desapropriação e a remoção – auxiliados por ONGs e movimentos sociais”, diz Fernando Kerzman, presidente da Associação Brasileira de Geografia e Engenharia Ambiental (ABGE).
“É nesses momentos que a gente se orgulha de ser brasileiro”, disse o prefeito Jorge Roberto, diante da língua negra de lama e lixo apodrecido que soterrou seus eleitores. Não pude acreditar. Ele dizia, na televisão, que tudo estava “sob controle” e se confessava emocionado com a solidariedade do presidente Lula e dos bancos.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI132460-15230,00-A+OMISSAO+QUE+MATA.html

E fica a reflexão: até que ponto as tragédias não poderiam ser evitadas pelo poder público?
Vamos nos manifestar! Chega de tanta impunidade, chega de tanta isenção de responsabilidade! Chega!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Notícia boa! As exportações voltam a crescer no ES.

Olha aí que coisa boa, publicada hoje no "Gazetaonline", sobre as expotações no ES:

Exportações capixabas começam a recuperar níveis de 2007
13/04/2010 - 13h16 (
Eduardo Fachetti - gazeta online)
foto: Eduardo Fachetti
Matheus Magalhães: cenário melhorO cenário das exportações capixabas começa, vagarosamente, a retomar os índices quantitativos do período pré-crise mundial. A informação está no Boletim de Comércio Exterior do Espírito Santo, divulgado na manhã desta terça-feira (13) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). As exportações ultrapassaram US$ 6 bilhões. Embora haja avanço em termos quantitativos, a geração de recursos pode demorar até cinco anos para se equiparar ao melhor momento econômico do ES, em 2008, quando se exportou mais de US$ 10 bilhões.O documento, que compila os dados de movimentação comercial do Estado com o mercado mundial, mostra que as exportações alcançaram US$ 6,51 bilhões no ano passado, valor próximo dos US$ 6,87 bilhões registrados no ano de 2007, que antecedeu a crise econômica mundial. As importações no ano passado somaram US$ 5,4 bilhões. O saldo da balança ficou em US$ 1 bilhão. (...)


Quem quiser ler a reportagem na íntegra, acesse http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/04/624893-exportacoes+capixabas+comecam+a+recuperar+niveis+de+2007.html

Grande abraço a todos e até mais.

Lei eleitoral é coisa séria. Quem desrespeita, pode sofrer punições.

Pessoal, segue matéria publicada no "Século diário", que esclarece mais um pouco sobre a seriedade de se respeitar a lei eleitoral e não antecipar campanha. Estamos num momento de discussões, esclarecimentos. Portar-se como pré-candidato não é impedidito legal; mas candidato mesmo só após a convenção, em junho (aliás, a convenção dos partidos é pública e todos podem participar). E propaganda só em julho!

Exposição de Ricardo Ferraço abretemporada de denúncias eleitoraisRenata Oliveira Foto capa: Ricardo Medeiros


O palácio Anchieta tem investido na busca de visibilidade para o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB). Mas o excesso de exposição pode chamar a atenção dos adversários e do Ministério Público Eleitoral (MPE). Antes mesmo de se iniciar o período eleitoral, o vice-governador já enfrenta problemas na Justiça eleitoral.
Nas inserções do PMDB, Ricardo Ferraço posa de candidato e deixa transparecer a mensagem de que é preciso continuidade do projeto iniciado com o governador Paulo Hartung. Até aí nada demais, afinal de contas o senador Renato Casagrande (PSB), que pode também disputar o governo este ano, apareceu na propaganda de seu partido com discurso de candidato, mesmo sem ter confirmado a participação no pleito.
No caso de Ricardo Ferraço, o fato de estar no governo chama mais a atenção e desperta o interesse da classe política para a utilização da máquina pública. Mas a utilização dos programas eleitorais são materiais mais palpáveis para os adversários.
No Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tramita uma representação de propaganda antecipada contra o vice-governador e o Partido Progressista, um dos aliados de Ricardo. Protocolada em 28 de outubro de 2009, a ação trata de suposta utilização do espaço destinado ao programa partidário gratuito para realização de propaganda eleitoral extemporânea. Isto porque Ricardo Ferraço, que é do PMDB, fez um pronunciamento durante a propaganda do PP.
O processo chegou a ser distribuído ao antigo corregedor do TRE, desembargador Sérgio Bizzoto, que em 6 de novembro do ano passado, enviou a ação ao MPE para a elaboração de parecer. O processo está ainda nesta fase. Como houve neste ínterim uma eleição no TRE, que mudou a composição do tribunal, quando o parecer retornar deverá ser feita uma nova distribuição, já que o atual corregedor do TRE é o desembargador Álvaro Bourguignon.
Nos meios políticos, a primeira denúncia contra possível candidato é vista com grandes chances de ser arquivada, isto porque, enquanto esteve à frente do Tribunal de Justiça do Estado, o desembargador Bourguignon atuou como aliado do governo do Estado. Como corregedor, deve também ajudar no abafamento do caso
.

Segue o link para quem quiser ler mais notícias sobre a política local: http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=5506
Até mais!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Calendário eleitoral

A lei eleitoral - é importante conhecer a lei.

Como já disse várias vezes, as informações na internet estão bem acessíveis, basta saber onde procurá-las. Mas sei também que tem (pessoal, aqui deveria ser o verbo “haver”, mas vou me permitir a informalidade, em razão do contexto!) um monte de gente que abre uma página na net e digita “a história do ES” e daqui a pouco está num link que não tem nada a ver. Coisas daquelas janelas dentro das páginas, que estão dentro de outras páginas, e dentro de outras páginas!
Mas voltando ao ponto principal, meu assunto agora é lei eleitoral. Sabe por quê? Porque existe um grande número de eleitor (jovem, "velho", idoso, melhor idadade ou sem idade a declarar) que não tem a mínima ideia do que pode e o que não pode em ano eleitoral. E por isso fica à mercê dos que estão com a máquina administrativa na mão e fazem dela o que bem querem.

Mas segue aí o número da lei eleitoral, para quem quiser ir direto à fonte: 9.504/97. Se quiser acessá-la, é só clicar no site: http://www.senado.gov.br/web/codigos/eleitoral/httoc.htm. O direito não é restrito somente aos “operadores do direito”, como são chamados os que lidam com aspectos jurídicos formais. O direito deve ser de conhecimento de todos: estudantes, professores, médicos, mães de alunos, diretores de escola, motoristas, chefes de cozinha, praticante de esportes, enfim, de todos!

Mas segue também o calendário eleitoral para 2010:

1º.jan
A partir desta data, pesquisas eleitorais têm que ser registradas na Justiça Eleitoral
5.mar
Limite para o TSE regulamentar as normas relativas às eleições de 2010
3.abr
Limite para Ministros de Estado e outros detentores de cargos públicos que pretendem ser candidatos saírem de seus cargos
5.mai
Limite para o eleitor se inscrever para as eleições ou mudar o local do título eleitoral
30.jun
Último dia para a realização de convenções partidárias para definir candidatos e coligações
1º.jul
Fim da propaganda partidária gratuita no rádio e na TV
3.jul
A partir desta data, candidatos não podem mais participar de inaugurações de obras públicas
5.jul
Limite para os partidos solicitarem o registro dos seus candidatos à Justiça Eleitoral. A partir desta data, a propaganda eleitoral é permitida
17.ago
Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV
30.set
Fim da propaganda eleitoral gratuita antes do primeiro turno. Último dia para a realização de debates
3.out
Primeiro turno das eleições
5.out
Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV antes do segundo turno
29.out
Fim da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV antes do segundo turno
31.out
Segundo turno das eleições
Quem quiser conferir, é só acessar o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral):
http://www.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1198455

Política é coisa séria! Política não é assunto somente para gente "velha" (coisa mais preconceituosa!!!). Podemos e devemos buscar sempre a felicidade, mas não podemos deixar os rumos da sociedade nas mãos de qualquer um! Alegria não tem nada a ver com irresponsabilidade. Seja feliz, mas seja sempre dono de suas ações!
Até a próxima.

Desafios

Gostar de desafios.

Você já se pegou diante de grandes desafios? Eu já! E não foram poucos.
Um dia um grande amigo meu perguntou–me o que eu mudaria em minha vida, e eu disse: “nada!”. E ele ficou me olhando, daquela forma que a gente sabe que está sendo julgada, medida, questionada de forma velada.
Acho que todo mundo já passou por esse tipo de julgamento!
Mas eu expliquei a ele que não mudaria nada porque, do contrário, minha visão sobre o mundo não seria o mesmo!
Pois é! Tem gente que aprende ouvindo; tem gente que aprende fazendo. Eu fiz um pouco dos dois: ouvi e fiz.
Costumo dizer à minha paciente mãe: há coisas que você me ensinou e eu as pratico; há outras que você me ensinou e eu não as coloco em prática; há outras, ainda, que você não me ensinou e eu as faço!
Assim sou eu: ouço, faço; ouço, não faço; não ouço, mas faço. E por isso não me arrependo! Aprendo com os erros. Faço deles acertos! Faço deles histórias para contar. Fiz deles desafios.
E volto aos desafios e deles não tenho medo. Ao contrário: eles me movem!
Acredito que todo ano, quando inicio um trabalho com uma turma que não conheço, encontrarei coisas fáceis e coisas difíceis. Educação é assim: nunca sabemos exatamente o que vamos encontrar: é sempre um desafio. Desafio, e não uma aventura! Gosto de desafios, não de aventuras!
Desafios nos fazem crescer e nos fazem querer transpor. Aventuras são momentâneas e só nos fazem querer vivê-las, sem que se pesem conseqüências.
Educação é um eterno desafio, porque ainda que a aula planejada seja a mesma, o aluno que vai dela participar é único, especial, sujeito de seu próprio discurso, de sua própria história. E ela, a aula, jamais será a mesma! Jamais se repetirá de uma sala para outra! E às vezes surgem situações imprevisíveis, mas com as quais temos que lidar. E é delas que gosto!
Política também é assim: acreditamos em nossos ideais, em nossos desejos de uma sociedade justa, plena, capaz de proporcionar dignidade a todos; planejamos nossa vida, nossa carreira; escolhemos o bairro onde vamos morar, os amigos com os quais queremos conviver. E escolhemos e escolhemos. Mas na verdade seremos os escolhidos, se não participarmos de uma sociedade civil organizada, que discuta o bem comum, que saiba que deve escolher bem seus representantes no Executivo e no Legislativo. Que mesmo escolhendo e sabendo onde quer chegar terá adversidades e desafios a serem vencidos e barreiras a serem transpostas.
Gostar de desafios não é necessariamente um mérito! Querer vencê-los é a melhor escolha!

Conte um desafio seu! Partilhe seus sonhos, seus ideais, suas ideias.
Deixe com que os outros decidam se querem aprender ouvindo ou fazendo, ou como eu ouvindo e fazendo!
Até a próxima!

domingo, 11 de abril de 2010

Sobre política e jardinagem

Por que a política em minha vida?

Costumo dizer que todo ser humano é político por essência! Mas é um texto de Rubem Alves que mais me conforta sobre o fazer política. E é nisto que acredito e quero compartilhar esta leitura com vocês:

Sobre política e jardinagem


De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim vocare, quer dizer chamado. Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um ‘fazer’. No lugar desse ‘fazer’ o vocacionado quer ‘fazer amor’ com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.

‘Política’ vem de polis, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.

Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades: sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu ‘o que é política?’, ele nos responderia, ‘a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas’.

O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.

Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.

Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.

Todas as vocações podem ser transformadas em profissões O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.

Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política. Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: ‘Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade... Ao contrário dos ‘legítimos’ políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem.’ Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.

Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolôs.

Escrevo para vocês, jovens, para seduzi-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?

Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireiros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.

Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam. (Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.)

http://www.rubemalves.com.br/sobrepoliticaejardinagem.htm


Disse o mestre: “se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino”

É nisso em que acredito! É por isso que meu coração bate! “Gosto de gostar” do outro. Talvez por isso sempre tive dificuldade de deixar definitivamente a sala de aula: é na sala de aula que me sinto “plantando” e é por meio da vocação política que posso ampliar esse “plantar”.
Até mais!