terça-feira, 27 de abril de 2010

Minha chegada ao ninho tucano, em 2009:
à direita, o Deputado Federal Jutahy Magalhães, PSDB - BA; à minha esquerda, um líder nato, Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo (entre 2001 e 2006), e o Deputado Federal Silvio França,PSDB – SP.





Sobre a mulher na política, li um texto interessante, de Maria Berenice Dias (segue trecho) http://www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/politica/2215-a-mulher-na-politica.html

"(...) A Constituição Federal é enfática, e até repetitiva, ao proclamar a igualdade entre o homem e a mulher. Segundo o filósofo Norberto Bobbio, a maior transformação que ocorreu neste século foi a revolução feminina. Assim, no limiar de uma nova era, é chegada a hora de poder-se afirmar, sem falso otimismo, que o século XXI será o século das mulheres.
Mas não basta ser mulher para mudar a condição da mulher na política . É preciso que a política seja vista pela ótica da mulher. Só assim haverá uma inovação, e a participação feminina será uma conquista, não uma concessão."


Até mais.
Vitória e seus encantos! A Ilha das Caieiras é um dos lugares bonitos de se ver. Sem investimentos não se atrai o turista. É necessário que o poder público volte o olhar para o que tem de melhor para oferecer.
Museu da Vale: num final de semana de abril. Lugar bonito de se ver. Sem história não se constrói um futuro digno.

Você sabe mesmo o que é política?

Em ano de eleição fala-se tanto em "política". Mas você sabe o que é isso?
Dê uma lidinha no texto abaixo e tire suas conclusões.


O que é política?
Apesar das muitas acepções que a palavra política tem, devemos reconhecer que existe uma realidade homogênea da política.
Carlos Fayt aponta três significados para o vocábulo: no primeiro, política é uma forma de conduta humana, uma atividade que se expressa em relações de poder, de mando e de obediência. Quando a ação está referida ao fenômeno do poder, estamos na presença da política prática, aplicada, a arte política, ou seja, a técnica para adquirir, conservar e acrescentar o poder.
O conteúdo desta atividade tem como idéia principal a luta pelo poder. Contudo, também se apresenta como ação de governar, cujo fim básico é organizar e dirigir a comunidade, analisando a forma pela qual se conduzem os governantes para obter êxito em seus propósitos e metas. Assim mesmo, a ação política se entende como empresa comunitária, com especial referência à atividade dos governados, dos dirigidos.
Neste sentido, o poder deixa de ser um fim em si, para se transformar em um meio para se atingir este fim, ainda que ele não seja outro que não a própria institucionalização do poder. Deste modo, o poder atua como antecedente constante e incondicionado da ação política.
Fayt designa como dinâmica política ao processo da política como atividade ou ação que se dá no momento da conquista do poder. Visto assim, resultam três momentos diferentes da política.
O segundo significado é o resultado da política como atividade que tem surgido nos órgãos, na organização e na distribuição das competências que são atividades cristalizadas no Estado moderno, dando lugar à uma política estática. Isto tem levado a diversos autores a sustentar que antes do que o Estado surgiu a política, em virtude da sua maior amplitude.
Das duas idéias anteriores, da dinâmica política e da estática política, convertidas em objeto do estudo sistemático do vocábulo que estamos analisando, surge o seu terceiro significado que se refere a política teórica ou ciência política.
Na sua obra “Teoria de La Política”, o tratadista Carlos Fayt, com a intenção de fazer o termo política mais compreensível explica-o sob quatro sentidos diferentes.
a) Conceito amplo e genérico: Política e político vistos nestas dimensões se referem a toda classe de poder organizado, que significa que não devem ser associados unicamente com poder do Estado, sendo qualquer formação social em que se estabelece uma relação de mando e obediência entre os chefes e seus membros.
b) Conceito específico: Neste sentido o poder político se impõe coativamente e obriga a todos os membros da comunidade a respeitar suas decisões, podendo fazer uso da força material se necessário. Deste ponto de vista a política é a atividade humana que se realiza com a finalidade de influir na organização da vida estatal mediante o exercício do poder.
c) Sentido vulgar de política: Este critério parte da idéia de que a política é a atividade do homem para conquistar o poder, sem importar-se com os meios morais para consegui-lo. Nesta acepção o termo é usado em relação com o governo, com os partidos políticos e com os grupos que pretendem obter o poder do Estado.
d) Acepção científica: Política é o conjunto de conhecimentos sistematizados referentes à organização e governo das comunidades humanas passadas e presentes, de suas instituições e das diversas doutrinas políticas que tem inspirado seu desenvolvimento, levando em conta as relações de poder estabelecidas entre seus membros.


http://www.politicavoz.com.br/cienciapolitica/artigo_01.asp

É importante manter-se informado para não cair nas artimanhas dos falaciosos.
Até mais.
Passeando em sites relacionados a interesses da juventude, encontrei, num texto de Porto Alegre, uma matéria interessante no endereço http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2873630.xml&template=3898.dwt&edition=14503&section=1541

POLÍTICA TAMBÉM É ASSUNTO DE JOVEM
O Parlamento Jovem foi criado para estimular os estudantes a exercerem a cidadania. Desde o início do mês, a Coordenadoria da Juventude de Canoas distribui cartilhas em 15 escolas municipais, estaduais e particulares para explicar a iniciativa, que terá sua segunda eleição em junho e julho.Segundo o titular da Coordenadoria da Juventude, Almiro Gherat, é uma oportunidade de conhecer os bastidores do Poder Legislativo.– Tomamos como base o Parlamento Jovem da Câmara Federal, mas o nosso tem duração de um ano (o federal dura cinco dias). Há uma integração maior – explica.O jovens vereadores canoenses iniciaram o mandato no final de novembro. Assim como o legislativo municipal, entraram em recesso. No período, eles conseguiram elaborar cinco projetos de lei. Todas as ideias serão apresentadas até o final do mês para o prefeito Jairo Jorge. Caso estiverem de acordo com a Lei Orgânica Municipal, poderão ser sancionadas pelo prefeito ou passarão pelo aval da Câmara dos Vereadores.Embora tenha concluído o Ensino Médio no ano passado, Fernando Garcia, 22 anos, presidente da mesa diretora do Parlamento Jovem, quer voltar este ano na Escola Estadual Guilherme de Almeida, na Vila Cerne, para estimular a adesão de candidatos:– Abriu-se um leque de oportunidades. Estou aprendendo muito a cada dia.Representante do Partido do Meio Ambiente na Escola Estadual Affonso Charlier, bairro Mathias Velho, Gabriela Machado dos Santos, 16 anos, decidiu que seguirá a carreira política. Hoje, ela é a mais jovem delegada do Orçamento Participativo da cidade.– Sempre gostei de expor as minhas ideias. Vou fazer a faculdade de Direito e entrar para a política – planeja Gabriela.


Parabéns a esses jovens que não se deixam abater por uma avalanche de escândalos promovidos por políticos que fazem da coisa pública um condomínio, cujo síndico jamais será o povo.
Na política, é preciso estar sempre atento para se verificar as reais intenções de quem pleiteia permanecer no poder. O poder só é legítimo quando defende interesses do povo.
É isso!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

E a internet já é velha conhecida!

Internet realmente já virou coisa de gente séria há muito tempo. E agora é mais uma ferramenta que o eleitor poderá utilizar para conhecer as ideias dos que se dispuserem a trabalhar por uma política mais justa, mais séria, mais próxima da realidade e do eleitor.
Num mundo cuja informação é tudo, saber o que fazer com ela é mais relevante ainda. Não basta ter a informação; é preciso fazer com que ela seja usada de maneira eficaz!
E hoje li um texto na Revista Época que mostra um pouquinho da importância da net no processo eleitoral deste ano.
Abaixo, partilho um trecho com vocês:

"Qual será o papel da internet na eleição?
É verdade que sites, blogs e redes sociais terão maior influência neste ano. Mas não, ainda não teremos um fenômeno como Obama no Brasil
Bruno Ferrari e Danilo Venticinque
Neste ano, os candidatos festejaram a conquista de uma nova vitrine para fazer propaganda política: a internet. Todos apostam na rede como um poderoso meio para interagir com os eleitores, medir em tempo real a reação da opinião pública, debater com os adversários e, no limite, estabelecer a agenda da eleição. Dois fatores ampliaram a relevância da campanha on-line. O primeiro – e mais óbvio – é o crescimento do número de internautas no país. De acordo com o Ibope, o Brasil saltou de 32 milhões de pessoas com acesso à internet nas eleições de 2006 para mais de 66 milhões hoje.
O segundo fator é a nova legislação eleitoral sobre o assunto. Ela dá aos partidos uma liberdade inédita na rede. Ao contrário dos anos anteriores, quando a internet estava sujeita às mesmas restrições aplicadas à TV e ao rádio, neste ano é possível organizar debates livremente, mesmo sem a participação de todos os candidatos, usar redes sociais mesmo antes do período oficial de campanha e fazer da internet um campo de provas para todo tipo de ideia exótica na batalha eleitoral.
Os coordenadores dos principais partidos têm uma inspiração comum. Com um misto de deslumbramento e inveja, todos citam o sucesso da campanha presidencial de Barack Obama, nos Estados Unidos, em 2008. Num país onde a renda, o alcance da internet e a cultura de participação política são maiores, Obama soube usar ferramentas como o Twitter – até então pouco conhecido – para se comunicar com seus eleitores, opinar sobre questões cruciais do país, animar a militância e arrecadar fundos. Ao todo, foram mais de US$ 500 milhões doados por cidadãos e empresas via internet, metade de toda a verba recebida pela campanha de Obama. A esperança dos marqueteiros políticos digitais é obter no Brasil um sucesso comparável. (...)"


Mas é importante saber onde e o que buscar na net. Do contrário, ficamos reféns da máquina e nos esquecemos de quem está atrás dela. Sem relações pessoais não se constrói uma sociedade mais justa!
Até mais.

domingo, 25 de abril de 2010

De novo o turismo

Hoje li no "gazetaonline":

Santa Maria de Jetibá recebe lançamento do Circuito Gastronômico
25/04/2010 - 17h10 (
- gazeta online)Será lançado no próximo dia 14 de maio, na Secretaria de Turismo, em Santa Maria de Jetibá, o Projeto Circuito Gastronômico, que pretende agregar valores às atividades turísticas e promover o desenvolvimento cultural e econômico dos municípios.O principal objetivo é melhorar o atendimento, a lucratividade e a competitividade no setor gastronômico, além de incentivar a criação de novos pratos e a valorização da gastronomia pomerana e local. Um grupo de nove empresas - entre restaurantes e cafeterias - participará do projeto em Santa Maria. No dia do lançamento, os estabelecimentos vão realizar uma apresentação de suas especialidades para autoridades locais e estaduais, empresários e a comunidade.

Como eu disse dias atrás, é preciso incentivar o turismo no ES e criar meios para que nós, do interior do estado, tenhamos condições para nos fixarmos em nossas cidades.
Morar na capital é bom; mas o interior do estado tem grande potencial para desenvolver o agroturismo, o agronegócio, a rede hoteleira e os serviços de alimentação, e promover a valorização do que cada região tem a oferecer.

Sem incentivo e investimento não há como desenvolver qualitativamente o ES.
Até mais!

Coisas de domingo

Domingo é o dia: dia de estar com a família; dia de ir ao culto; dia de ler o jornal tomando um café bem demorado; dia de ver as crianças crescendo; dia de comer galinha "pé duro" na casa de um tio muito especial; dia de ouvir boa música ("Seu" Tião Sete Cordas); dia de fazer o que se quiser fazer. Dia de dizer que "domingo é o dia!".
Dia de dizer a todos que não devemos disperdiçar nossos momentos, porque a vida é única e não sabemos a hora da saída.
Dia de lembrar dos poetas que sabem dizer tudo com tão poucas palavras.
Como invejo os poetas!

Relendo Mário Quintana, o poeta das coisas simples:

Dos mundos

Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.
Quintana

E eu pergunto: será que esse mundo (re) inventado ficou melhor?
Domingo também é dia de partilhar ideias e ideais.
É isso aí!



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Turismo no ES

É preciso incentivar o turismo no ES.
No "gazetaonline", quarta-feira, 21/04/10, saíram dicas interessantes para o feriado. Mas eu pergunto: existe estrutura e incentivo para o turismo?

Veja opções para curtir o feriado na Grande Vitória

20/04/2010 - 16h34 (Mary Martins - Da Redação Multimídia)Nesta quarta-feira (21), feriado de Tiradentes, as repartições públicas estaduais e municipais não abrem, vão funcionar apenas os serviços essenciais. Os bancos voltam a atender o público na quinta. Os supermercados estarão abertos das 8 até as 18 horas.Quando o feriado cai numa quarta-feira, dá até para descansar, mas a semana não fica curta, pois ele não se transforma nos famosos feriadões. E para quem não pretende viajar e nem 'enforcar' a quinta e a sexta-feira, a dica é torná-lo cultural, passeando sem gastar muito.Centro histórico Os monumentos do Centro Histórico de Vitória, que fazem parte do projeto visitar, estarão abertos neste feriado. Dos seis locais, Catedral Metropolitana, Igreja do Rosário, Igreja e Convento do Carmo, Convento de São Francisco, Igreja de São Gonçalo e Theatro Carlos Gomes, apenas o teatro estará fechado devido às obras de reforma. Ao chegar, o visitante será atendido por um monitor turístico, que irá prestar todas as informações necessárias, além de destacar a importância e os detalhes técnicos de cada obra histórica. Além disso, será entregue material impresso com detalhamento sobre o monumento visitado.Exposição A mostra 'A beleza na escultura de Michelângelo', que está no Palácio Anchieta, também vai estar aberta a partir do meio dia. Quem ainda não foi, não pode perder a mega-exposição internacional com obras relacionadas à carreira do pintor, arquiteto, poeta e escultor italiano Michelângelo. A mostra fica em Vitória só até o dia 09 de maio. A entrada é gratuita.Música clássica Quem gosta de música erudita, a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes) se apresentar às 20 horas no Teatro Marista, em Vila Velha, dentro da série Quarta Clássica. O maestro Helder Trefzger vai realizar o novo concerto da série.Lazer Agora, se a preferência for fazer compras, shoppings da Grande Vitória vão estar abertos nesta quarta.
Nos Shoppings Praia da Costa e Vitória, lojas, estandes e praça de serviços funcionarão de 15h às 21h e a praça de alimentação, lazer e cinemas funcionarão de 11h às 22h.
O conserto conta com a participação da solista Gabriela Quiroz, que é professora de violino da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para quem tem criança em casa, uma excelente opção de lazer para o dia é visitar o Parque Botânico da Vale, que fica em Jardim Camburi, em Vitória. Lá acontece a 'Semana da leitura', com apresentações de teatro, oficina de roda de leitura, recital de poesias, ambientação e passeio pelas trilhas do local. O parque ficará aberto das 8 às 17 horas.

SERVIÇO Monumentos Históricos: Os monumentos do centro de Vitória vão estar abertos das 9 às 17 horas. Ao todo são cinco locais, Catedral Metropolitana, Igreja do Rosário, Igreja e Convento do Carmo, Convento de São Francisco e Igreja de São Gonçalo.
Mostra Michelângelo: A exposição 'A Beleza na Escultura de Michelangelo' vai estar aberta nesta quarta das 12 horas às 18 horas, no Palácio Anchieta. A entrada é gratuita.
Parque Botânico da Vale: Aberto e com atividades para a criançada.
Acontece no local a semana da leitura com teatro, oficina e roda de leitura, recital de poesias e passeio nas trilhas do local. P
arque Botânico Vale fica na Avenida dos Expedicionários, s/n, Jardim Camburi, Vitória e ai ficar aberto das 8 às 17 horas.

Vamos melhorar o turismo! Capixaba tem bom gosto e nosso estado oferece boas opções.
Até mais.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Boa reflexão para sexta-feira

Pessoal, formar opinião não é nada fácil. Principalmente quando somos bombardeados por diversas informações sem saber exatamente qual delas é a verdadeira. Ainda bem que há bons críticos, como Jabor, que não se calam diante de mentiras e de posturas meramente "marketeiras".
O texto publicado em "O EStado de São Paulo" nos propõe uma breve reflexão diante da atual conjuntura política.

O perigo da 'grande marcha'... à ré
Por: Arnaldo Jabor

Lula é um "reality show" permanente. Lula está em "fremente lua de mel consigo mesmo", como dizia Nelson Rodrigues.Mas, em sua viagem narcisista começam os sintomas do erro. A sensatez do velho sindicalista virou deslumbramento. Um dia, abraça o Collor, no outro, está com o Hamas e Irã.
Freud (não o Freud Godoy dos "aloprados"...) tem um trabalho clássico, O Fracasso Após o Triunfo, no qual mostra que há indivíduos que lutam e vencem, e, depois da vitória, se destroem, porque muitos carregam no inconsciente complexos inibidores do pleno sucesso. Quanto mais medíocre é o dirigente, mais ele despreza a inteligência e a cultura e se transforma numa ilha cercada de medíocres.
Será que foi por isso que Lula escolheu uma senhora sem tempero, uma gaffeuse sem prática, com "olhos de vingança", como me disse um taxista? Parece um sintoma.
A grande ironia é que Lula foi reeleito por FHC. Sem o Plano Real, o governo Lula seria o pior desastre de nossa História. E, ajudado também pela economia mundial em bonança compradora, ele hoje diz que é responsável pelos bons índices econômicos que o governo anterior organizou. E não cai um raio do céu em cima...
Afinal, o que fez o governo Lula, além de se aproveitar do que chamava de "herança maldita", além do Bolsa-Família expandido e dos show de TV? Os primeiros dois anos foram gastos no "assembleísmo" vacilante dos "Conselhos" que ele nunca ouviu, depois a briga com a "gangue" dos quatro do PT, expulsos. Depois, a aventura da quadrilha de corruptos "revolucionários" que Roberto Jefferson desbaratou ? para sua e nossa sorte ?, livrando-o do Dirceu e de seus comunas mais ativos. Aí, Lula pôde voltar ao seu populismo personalista.
Lula continua o símbolo do "povo" que chegou ao poder, mascote dos desvalidos e símbolo sexual da Academia. Lula descobriu que a economia anda sozinha, que basta imitar o Jânio Quadros, o inventor da "política do espetáculo", e propagar aos berros o tal PAC, esse plano virtual dos palanques. Lula tem a aura sagrada, "cristã" do mito de operário ignorante e, por isso, intocável. Poucos têm coragem de desmentir esse dogma, como a virgindade de Nossa Senhora...
Por isso, vivemos um importante momento histórico, que pode marcar o Brasil por muitos anos. Agora, com as eleições, vai explodir a guerra com o sindicalismo enquistado no Estado: 200 mil contratados com a voracidade militante de uma porcada magra que não quer largar o batatal. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica, tudo para manter o terrível "patrimonialismo de Estado". Não esqueçamos que o PT combateu o Plano Real até no STF, como fez com a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como não assinou a Constituição de 88. Este é o PT que quer ficar na era pós-Lula. Seu lema parece ser: "Em vez de burgueses reacionários mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos."
Os "companheiros" trabalham sincronizados como um formigueiro. O sujeito pode até bater na mãe que continua "companheiro". Só deixa de sê-lo se criticar o partido, como o Paulo Venceslau, que ousou denunciar roubos nas prefeituras, que depois se confirmaram na tragédia de Celso Daniel.
FHC resumiu bem: se continuar o "lulismo" com sua tarefeira Dilma, "sobrará um subperonismo contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão".
Ou seja, o velho Brasil volta ao seu pior formato tradicional, renascendo como rabo de lagarto. O País tem um movimento "regressista" natural, uma vocação populista automática. Será o início da grande marcha à ré...
Com a eventual vitória do programa do PT, teremos a reestatização da economia, o inchamento maior ainda da máquina pública, a destruição das Agências Reguladoras, da Lei de Responsabilidade Fiscal, em busca de um getulismo tardio, uma visão do Estado como centro de tudo, com desprezo pelas reformas, horror pela administração e amor aos mecanismos de "controle" da sociedade, essa "massa atrasada" inferior aos "revolucionários". A esquerda psicótica continua fixada na ideia de "unidade", de "centro", de Estado-pai, de apagamento de diferenças, ignorando a intrincada sociedade com bilhões de desejos e contradições.
A tarefa principal da campanha de Serra será explicar qual é o "pensamento tucano". Como ensinar a população ignorante que só um choque democrático e empresarial pode enxugar a máquina podre das oligarquias enquistadas no Estado? Como explicar um programa de "mudanças possíveis" na infraestrutura e na educação, contraposto a esse marketing salvacionista de Lula? Esse é o desafio da campanha do PSDB.
Aécio Neves fez bem em se indignar com a demagogia de Dilma no túmulo de Tancredo ? ele nos lembrou que o PT não apenas não apoiou Tancredo em 85, como expulsou seus três deputados que votaram nas eleições pela democracia.
A maior realização deste governo foi a desmontagem da Razão. Podemos decifrar, analisar, comprovar crimes ou roubos, mas nada acontece. Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.
Aécio Neves devia ir além e ser vice, sim. Seria um gesto histórico que lhe daria riquíssimos frutos, para além do interesse pessoal de uma política imediata. Aécio ganharia uma rara grandeza na história do País. Seu avô aprovaria.
Só uma alternância de poder, fundamental na democracia, pode desfazer a sinistra política que topa tudo pelo poder e que planeja, com descaro, transformar-se numa espécie do PRI mexicano, que ficou 70 anos no poder, desde 1929. Durante o poder do PRI, as eleições eram uma simulação de aparente democracia, incluindo repressão e violência contra os eleitores. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma "ditadura perfeita". Será que isso nos espera?


Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A culpa é de quem?

Pessoal, toda tragédia causa grade comoção. A do Rio, com toda certeza, deixou todos nós brasileiros muito tristes, abalados e estarrecidos. São vidas que se foram, sonhos que se acabaram e novas direções que deverão ser encaminhadas. Mas há sempre os que se isentam da responsabilidade.
Na revista Época dessa semana, tem um texto que não pode deixar de ser lido. Segue na íntegra.

A omissão que mata
RUTH DE AQUINO é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiromailto:Janeiroraquino@edglobo.com.br

Quem mora lá no morro já vive pertinho do céu. A canção composta por Herivelto Martins em 1942, “Ave Maria no morro”, é um exemplo da relação romântica entre o Rio de Janeiro e a favela. Um amor com final trágico e previsível. Como todos vimos na semana passada, eram pobres e favelados as vítimas da tempestade no Estado. E quem matou essas famílias não foi a fúria das chuvas. Mas governos negligentes, paternalistas, demagogos e irresponsáveis.
O crime mais revoltante foi cometido pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, de Niterói.“Eu sabia do lixão ali, mas nunca tinha havido nenhum incidente.” Foi a declaração inocente do prefeito do PDT. Ele comanda Niterói desde 1989, com alguns intervalos para um prefeito do PT. O Morro do Bumba abrigava uma comunidade inteira, com casas, igreja, pizzaria, bares e creche. Tudo sobre um lixão tóxico, desativado em 1986. A comunidade floresceu sob a vista complacente e amiga de Jorge Roberto. A Cedae colocou ali bica d’água. O então governador Brizola levou ao Bumba o programa “Uma luz na escuridão”. Anos depois, a comunidade ganhou quadra de esportes, creche. Brizola virou nome de rua no Bumba. Não dá para acreditar que alguém instruído resolva urbanizar uma área condenada.
O prefeito Jorge Roberto nunca parou para pensar que estava cavando a sepultura de 150 pessoas ou mais, segundo cálculos de moradores.
Por que o lixão desativado não foi cercado por ele? Não era um morro qualquer. Era um amontoado de matéria orgânica que apodrecia e soltava gás metano, um gás explosivo. Aquilo não era um solo. Era uma bomba-relógio. “Você sabe, num país como o nosso, é muito difícil impedir assentamentos irregulares ou remover moradores de áreas de risco”, disse Jorge Roberto. “Tentei o possível, tentei o máximo.” O máximo.
O Morro do Bumba, com sua lama negra de detritos que desceu de uma altura de 600 metros, é o maior retrato da demagogia que pune os pobres. É o resultado da ausência de uma política habitacional para famílias de baixa renda. É a improvisação do salve-se quem puder. É o retrato de gerações de políticos que jamais pensaram a longo prazo, no bem-estar da população e das cidades.
Quem matou as famílias de favelados não foi a chuva. Foramgovernos negligentes, demagogos e irresponsáveis
Mas não são apenas políticos. Muitas vezes, é a esquerda-caviar carioca. Ou os gringos de institutos internacionais que vêm fazer tour exótico e social nas favelas para depois tomar champanhe na piscina do Hotel Fasano, de frente para o mar de Ipanema.
Até os nomes das favelas são poéticos. “O que está acontecendo é resultado de anos de demagogia em relação à favela”, diz a antropóloga carioca Alba Zaluar. “É incrível que essas tragédias ocorram em lugares com nomes como Morro dos Prazeres ou Chácara do Céu. As favelas historicamente eram cenários de sambas lindos, espaços de poesia e criatividade. Com o tráfico de drogas, essa visão romântica foi abalada.”
Um barraco pode ser o único patrimônio de uma família. Mas é preciso que o poder público rompa a ideia de que essa afetividade é sinônimo de segurança, em vez de transformar a favela em seu curral eleitoral. “É a própria política que ajuda a construir a noção de que a casa é própria, mesmo que esteja no meio de um barranco que pode cair a qualquer momento”, diz Alba. “E toda a sociedade é conivente com essa ideia.”
Sonho de qualquer cidadão, a casa própria nasce muitas vezes do tijolo e do ferro doados por políticos – não importa sobre que terreno ou com que engenharia a obra será erguida. “São esses mesmos políticos que, tempos depois, buscarão apoio da Justiça ou organizarão manifestações populares para evitar a desapropriação e a remoção – auxiliados por ONGs e movimentos sociais”, diz Fernando Kerzman, presidente da Associação Brasileira de Geografia e Engenharia Ambiental (ABGE).
“É nesses momentos que a gente se orgulha de ser brasileiro”, disse o prefeito Jorge Roberto, diante da língua negra de lama e lixo apodrecido que soterrou seus eleitores. Não pude acreditar. Ele dizia, na televisão, que tudo estava “sob controle” e se confessava emocionado com a solidariedade do presidente Lula e dos bancos.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI132460-15230,00-A+OMISSAO+QUE+MATA.html

E fica a reflexão: até que ponto as tragédias não poderiam ser evitadas pelo poder público?
Vamos nos manifestar! Chega de tanta impunidade, chega de tanta isenção de responsabilidade! Chega!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Notícia boa! As exportações voltam a crescer no ES.

Olha aí que coisa boa, publicada hoje no "Gazetaonline", sobre as expotações no ES:

Exportações capixabas começam a recuperar níveis de 2007
13/04/2010 - 13h16 (
Eduardo Fachetti - gazeta online)
foto: Eduardo Fachetti
Matheus Magalhães: cenário melhorO cenário das exportações capixabas começa, vagarosamente, a retomar os índices quantitativos do período pré-crise mundial. A informação está no Boletim de Comércio Exterior do Espírito Santo, divulgado na manhã desta terça-feira (13) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). As exportações ultrapassaram US$ 6 bilhões. Embora haja avanço em termos quantitativos, a geração de recursos pode demorar até cinco anos para se equiparar ao melhor momento econômico do ES, em 2008, quando se exportou mais de US$ 10 bilhões.O documento, que compila os dados de movimentação comercial do Estado com o mercado mundial, mostra que as exportações alcançaram US$ 6,51 bilhões no ano passado, valor próximo dos US$ 6,87 bilhões registrados no ano de 2007, que antecedeu a crise econômica mundial. As importações no ano passado somaram US$ 5,4 bilhões. O saldo da balança ficou em US$ 1 bilhão. (...)


Quem quiser ler a reportagem na íntegra, acesse http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/04/624893-exportacoes+capixabas+comecam+a+recuperar+niveis+de+2007.html

Grande abraço a todos e até mais.

Lei eleitoral é coisa séria. Quem desrespeita, pode sofrer punições.

Pessoal, segue matéria publicada no "Século diário", que esclarece mais um pouco sobre a seriedade de se respeitar a lei eleitoral e não antecipar campanha. Estamos num momento de discussões, esclarecimentos. Portar-se como pré-candidato não é impedidito legal; mas candidato mesmo só após a convenção, em junho (aliás, a convenção dos partidos é pública e todos podem participar). E propaganda só em julho!

Exposição de Ricardo Ferraço abretemporada de denúncias eleitoraisRenata Oliveira Foto capa: Ricardo Medeiros


O palácio Anchieta tem investido na busca de visibilidade para o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB). Mas o excesso de exposição pode chamar a atenção dos adversários e do Ministério Público Eleitoral (MPE). Antes mesmo de se iniciar o período eleitoral, o vice-governador já enfrenta problemas na Justiça eleitoral.
Nas inserções do PMDB, Ricardo Ferraço posa de candidato e deixa transparecer a mensagem de que é preciso continuidade do projeto iniciado com o governador Paulo Hartung. Até aí nada demais, afinal de contas o senador Renato Casagrande (PSB), que pode também disputar o governo este ano, apareceu na propaganda de seu partido com discurso de candidato, mesmo sem ter confirmado a participação no pleito.
No caso de Ricardo Ferraço, o fato de estar no governo chama mais a atenção e desperta o interesse da classe política para a utilização da máquina pública. Mas a utilização dos programas eleitorais são materiais mais palpáveis para os adversários.
No Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tramita uma representação de propaganda antecipada contra o vice-governador e o Partido Progressista, um dos aliados de Ricardo. Protocolada em 28 de outubro de 2009, a ação trata de suposta utilização do espaço destinado ao programa partidário gratuito para realização de propaganda eleitoral extemporânea. Isto porque Ricardo Ferraço, que é do PMDB, fez um pronunciamento durante a propaganda do PP.
O processo chegou a ser distribuído ao antigo corregedor do TRE, desembargador Sérgio Bizzoto, que em 6 de novembro do ano passado, enviou a ação ao MPE para a elaboração de parecer. O processo está ainda nesta fase. Como houve neste ínterim uma eleição no TRE, que mudou a composição do tribunal, quando o parecer retornar deverá ser feita uma nova distribuição, já que o atual corregedor do TRE é o desembargador Álvaro Bourguignon.
Nos meios políticos, a primeira denúncia contra possível candidato é vista com grandes chances de ser arquivada, isto porque, enquanto esteve à frente do Tribunal de Justiça do Estado, o desembargador Bourguignon atuou como aliado do governo do Estado. Como corregedor, deve também ajudar no abafamento do caso
.

Segue o link para quem quiser ler mais notícias sobre a política local: http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=5506
Até mais!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Calendário eleitoral

A lei eleitoral - é importante conhecer a lei.

Como já disse várias vezes, as informações na internet estão bem acessíveis, basta saber onde procurá-las. Mas sei também que tem (pessoal, aqui deveria ser o verbo “haver”, mas vou me permitir a informalidade, em razão do contexto!) um monte de gente que abre uma página na net e digita “a história do ES” e daqui a pouco está num link que não tem nada a ver. Coisas daquelas janelas dentro das páginas, que estão dentro de outras páginas, e dentro de outras páginas!
Mas voltando ao ponto principal, meu assunto agora é lei eleitoral. Sabe por quê? Porque existe um grande número de eleitor (jovem, "velho", idoso, melhor idadade ou sem idade a declarar) que não tem a mínima ideia do que pode e o que não pode em ano eleitoral. E por isso fica à mercê dos que estão com a máquina administrativa na mão e fazem dela o que bem querem.

Mas segue aí o número da lei eleitoral, para quem quiser ir direto à fonte: 9.504/97. Se quiser acessá-la, é só clicar no site: http://www.senado.gov.br/web/codigos/eleitoral/httoc.htm. O direito não é restrito somente aos “operadores do direito”, como são chamados os que lidam com aspectos jurídicos formais. O direito deve ser de conhecimento de todos: estudantes, professores, médicos, mães de alunos, diretores de escola, motoristas, chefes de cozinha, praticante de esportes, enfim, de todos!

Mas segue também o calendário eleitoral para 2010:

1º.jan
A partir desta data, pesquisas eleitorais têm que ser registradas na Justiça Eleitoral
5.mar
Limite para o TSE regulamentar as normas relativas às eleições de 2010
3.abr
Limite para Ministros de Estado e outros detentores de cargos públicos que pretendem ser candidatos saírem de seus cargos
5.mai
Limite para o eleitor se inscrever para as eleições ou mudar o local do título eleitoral
30.jun
Último dia para a realização de convenções partidárias para definir candidatos e coligações
1º.jul
Fim da propaganda partidária gratuita no rádio e na TV
3.jul
A partir desta data, candidatos não podem mais participar de inaugurações de obras públicas
5.jul
Limite para os partidos solicitarem o registro dos seus candidatos à Justiça Eleitoral. A partir desta data, a propaganda eleitoral é permitida
17.ago
Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV
30.set
Fim da propaganda eleitoral gratuita antes do primeiro turno. Último dia para a realização de debates
3.out
Primeiro turno das eleições
5.out
Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV antes do segundo turno
29.out
Fim da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV antes do segundo turno
31.out
Segundo turno das eleições
Quem quiser conferir, é só acessar o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral):
http://www.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1198455

Política é coisa séria! Política não é assunto somente para gente "velha" (coisa mais preconceituosa!!!). Podemos e devemos buscar sempre a felicidade, mas não podemos deixar os rumos da sociedade nas mãos de qualquer um! Alegria não tem nada a ver com irresponsabilidade. Seja feliz, mas seja sempre dono de suas ações!
Até a próxima.

Desafios

Gostar de desafios.

Você já se pegou diante de grandes desafios? Eu já! E não foram poucos.
Um dia um grande amigo meu perguntou–me o que eu mudaria em minha vida, e eu disse: “nada!”. E ele ficou me olhando, daquela forma que a gente sabe que está sendo julgada, medida, questionada de forma velada.
Acho que todo mundo já passou por esse tipo de julgamento!
Mas eu expliquei a ele que não mudaria nada porque, do contrário, minha visão sobre o mundo não seria o mesmo!
Pois é! Tem gente que aprende ouvindo; tem gente que aprende fazendo. Eu fiz um pouco dos dois: ouvi e fiz.
Costumo dizer à minha paciente mãe: há coisas que você me ensinou e eu as pratico; há outras que você me ensinou e eu não as coloco em prática; há outras, ainda, que você não me ensinou e eu as faço!
Assim sou eu: ouço, faço; ouço, não faço; não ouço, mas faço. E por isso não me arrependo! Aprendo com os erros. Faço deles acertos! Faço deles histórias para contar. Fiz deles desafios.
E volto aos desafios e deles não tenho medo. Ao contrário: eles me movem!
Acredito que todo ano, quando inicio um trabalho com uma turma que não conheço, encontrarei coisas fáceis e coisas difíceis. Educação é assim: nunca sabemos exatamente o que vamos encontrar: é sempre um desafio. Desafio, e não uma aventura! Gosto de desafios, não de aventuras!
Desafios nos fazem crescer e nos fazem querer transpor. Aventuras são momentâneas e só nos fazem querer vivê-las, sem que se pesem conseqüências.
Educação é um eterno desafio, porque ainda que a aula planejada seja a mesma, o aluno que vai dela participar é único, especial, sujeito de seu próprio discurso, de sua própria história. E ela, a aula, jamais será a mesma! Jamais se repetirá de uma sala para outra! E às vezes surgem situações imprevisíveis, mas com as quais temos que lidar. E é delas que gosto!
Política também é assim: acreditamos em nossos ideais, em nossos desejos de uma sociedade justa, plena, capaz de proporcionar dignidade a todos; planejamos nossa vida, nossa carreira; escolhemos o bairro onde vamos morar, os amigos com os quais queremos conviver. E escolhemos e escolhemos. Mas na verdade seremos os escolhidos, se não participarmos de uma sociedade civil organizada, que discuta o bem comum, que saiba que deve escolher bem seus representantes no Executivo e no Legislativo. Que mesmo escolhendo e sabendo onde quer chegar terá adversidades e desafios a serem vencidos e barreiras a serem transpostas.
Gostar de desafios não é necessariamente um mérito! Querer vencê-los é a melhor escolha!

Conte um desafio seu! Partilhe seus sonhos, seus ideais, suas ideias.
Deixe com que os outros decidam se querem aprender ouvindo ou fazendo, ou como eu ouvindo e fazendo!
Até a próxima!

domingo, 11 de abril de 2010

Sobre política e jardinagem

Por que a política em minha vida?

Costumo dizer que todo ser humano é político por essência! Mas é um texto de Rubem Alves que mais me conforta sobre o fazer política. E é nisto que acredito e quero compartilhar esta leitura com vocês:

Sobre política e jardinagem


De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim vocare, quer dizer chamado. Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um ‘fazer’. No lugar desse ‘fazer’ o vocacionado quer ‘fazer amor’ com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.

‘Política’ vem de polis, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.

Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades: sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu ‘o que é política?’, ele nos responderia, ‘a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas’.

O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.

Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.

Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.

Todas as vocações podem ser transformadas em profissões O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.

Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política. Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: ‘Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade... Ao contrário dos ‘legítimos’ políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem.’ Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.

Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolôs.

Escrevo para vocês, jovens, para seduzi-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?

Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireiros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.

Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam. (Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.)

http://www.rubemalves.com.br/sobrepoliticaejardinagem.htm


Disse o mestre: “se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino”

É nisso em que acredito! É por isso que meu coração bate! “Gosto de gostar” do outro. Talvez por isso sempre tive dificuldade de deixar definitivamente a sala de aula: é na sala de aula que me sinto “plantando” e é por meio da vocação política que posso ampliar esse “plantar”.
Até mais!

Breve história - retorno ao passado!

Quem sou? Breves palavras.

Nasci em 1972, em Afonso Cláudio, cidade do interior do Espírito Santo.
Costumo brincar com meus alunos: não nasci, estreei! Brincadeira mesmo!
Mas por vezes me pego a pensar se não tem um pouco (um pouquinho que seja) de verdade diante de minha trajetória.

Filha de professores e funcionários públicos: professores por vocação, funcionários públicos por dedicação ao povo do interior que buscava acesso à Justiça!

Única menina no meio de dois meninos: João, o mais velho; Fabrício, o mais novo; e eu, a do meio! Menina e filha do meio! Já nasci “espremida”! (então não estreei?!).

Já pequena (quer dizer, ainda nova, pois pequena ainda sou - Papai do Céu me deu apenas 1,54 de altura!), mostrava as primeiras características de quem sabia o que queria: se os meninos fossem brincar na rua, eu também tinha que participar!

Ainda menina, na igreja Católica, na qual tive meus primeiros passos religiosos, sempre busquei meu espaço no coral, na coroação da Virgem Maria (quem é do interior sabe o do que estou falando!), no recolhimento das ofertas, na ajuda ao padre, e, mais tarde no grupo de adolescentes, enfim, em tudo que eu pudesse contribuir, lá estava eu!

Meus pais sempre primaram pela dedicação aos estudos e, apesar do gênio forte que já insistia em aparecer na infância, jamais desobedeci a essa exigência!

No ano em que completaria 15 (quinze) anos, em 1987, decidi que iria “pra cidade grande” estudar (meu irmão João já morava em Vitória). E foi assim que me mudei para a capital, em busca de um ensino que pudesse dar continuidade à minha formação.

Garanto que não foi fácil: meus pais não tinham dinheiro “sobrando” e tudo que faziam era para criar os filhos com dignidade! E conseguiram! Sem a firmeza deles e a dedicação que sempre tiveram tenho a certeza de que as coisas seriam bem mais difíceis.

Moramos na casa de parentes, aos quais serei eternamente grata, e mais tarde, em 1990, quando os três filhos já estavam estudando em Vitória, meus pais alugaram um apartamento para todos os irmãos.

Em 1990, passei no meu primeiro vestibular: Letras/Português, na UFES; no ano seguinte, passei em Direito, em Colatina. Mas eu já estava enredada pelas “letras” e deixei, temporariamente, o Direito.

Ainda no Ensino Médio, antigo Segundo Grau, tive a oportunidade de participar de importantes debates sobre os rumos do país: havia candidatos à presidência que levavam os estudantes à loucura. Ideias de mudança, propostas de contestações a tudo e a todos! E votamos, após longo período sem eleições presidencias, para uma eleição histórica: a eleição de 1989 foi disputada por 22 candidatos - entre eles, Fernando Collor, Lula, Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Aureliano Chavez, Guilherme Afif Domingos, Roberto Freire, Enéas e Fernando Gabeira. Lula e Collor se enfrentaram no segundo turno. Collor venceu. Que pena! Mas a democracia ganhou! (depois falo de Collor).


Durante a faculdade, sempre liderei grupos de estudo e conversas políticas no RU (Restaurante Universitário). Tinha amigos no curso de Direito que amavam a esquerda desse país, num sonho de mudar a sociedade. Então, tudo começava e terminava em discussões e sonhos de mudanças!

Já no terceiro período do curso de Letras comecei a dar aulas e não parei mais!

Casei-me (permaneci casada até 1998) e tive duas lindas filhas: Luíza e Marina. E fui somente mãe e professora durante um longo tempo, sem conseguir me envolver com a militância política. Mas sempre acompanhando as lutas políticas. Naquela época acreditava num PT ético, moralizado e que seria capaz de minimizar o hiato entre pobres e ricos. E em 1994, Fernando Henrique, então no PSDB assumia os rumos do país! E, na minha visão, sempre crítica em relação à política, as coisas pareciam começar a melhorar (em outra hora falamos de FHC).

Decidi, então, em 1999, terminar o curso de Direito. Terminei em dezembro de 2002 e, no ano seguinte, fui aprovada no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Advoguei por quase um ano e voltei a me dedicar à sala de aula, concomitantemente.

No mesmo ano em que terminei o curso de Direito, Lula foi eleito presidente do país. Quanta emoção! E, na mesma proporção, vieram as decepções! (depois falo delas).

E vieram os escândalos envolvendo o PT de Lula. E ninguém pediu a saída do presidente! Talvez para preservar a democracia! Talvez! Mas lá traz, Collor teve a cabeça a prêmio (e bem merecido, mas não por algo tão mais escandaloso do que ocorrera com o “Mensalão” do PT)!

E me decepcionei de vez com o PT em que acreditava!

Casei-me novamente em 2003 e tive mais uma filha: Valentina! Nessa época já estava envolvida com o Ministério Infantil da Igreja Batista de Jardim Camburi. E muito envolvida! Crianças são prioridade para uma sociedade justa e pautada na projeção para o futuro. E nossa igreja já sabia disso! E nós trabalhávamos para isso!

Mudei-me de Jardim Camburi e, em 2004, vim morar no IBES (Instituto do Bem Estar Social), o primeiro bairro projetado da América Latina – doce ironia! Porque foi projetado e esquecido pelo poder público). Bairro de pessoas acolhedoras! Aqui fiz muitos e bons amigos! Aqui voltei a militar na comunidade! Aqui voltei a lutar efetivamente pelos direitos sociais!

E voltei a advogar: agora para aqueles que me procuravam para resolver os conflitos do dia a dia!

Então, em 2008, voltei a “namorar” alguns partidos políticos: PV e PSB. Mas “casei-me” com o PSDB. Filiei-me e foi natural minha incursão. Já em contato com algumas lideranças comunitárias, o Direito sempre foi a base para as discussões, pois sem conhecimento legal não se chega a lugar nenhum!

Enfim, muitos fatos foram omitidos, até porque fiz um breve relato, breve mesmo! Mas em outros momentos, mais detalhes serão apresentados!
Bom, é isso!